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Tréguas em Gaza ‘incompletas’ sem retirada total de Israel: Primeiro-ministro do Qatar
O cessar-fogo em Gaza, que já dura há dois meses, não pode ser considerado completo até que as forças israelitas se retirem totalmente do território, de acordo com o plano de paz apoiado pelos Estados Unidos e pela ONU, afirmou no sábado o primeiro-ministro do Qatar, mediador do conflito.
“Estamos num momento crítico... Um cessar-fogo não pode ser considerado completo a não ser que haja uma retirada total das forças israelitas e que haja estabilidade em Gaza”, declarou o primeiro-ministro do Qatar, o xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, no Fórum de Doha, conferência diplomática anual realizada na capital do país.
O Qatar, juntamente com os Estados Unidos e o Egito, ajudou a garantir a tão esperada trégua em Gaza, que entrou em vigor a 10 de outubro e interrompeu em grande parte dois anos de guerra genocida de Israel contra a Faixa de Gaza, que já matou quase 70 mil palestinianos.
O Qatar, juntamente com os Estados Unidos e o Egipto, ajudou a garantir a tão esperada trégua em Gaza, que entrou em vigor a 10 de Outubro e interrompeu em grande parte os dois anos de guerra genocida de Israel contra a Faixa de Gaza, que matou quase 70 mil palestinianos.
Na segunda fase do acordo, que ainda não começou, Israel deverá retirar-se das suas posições no território, uma autoridade interina assumirá a governação e uma força internacional de estabilização (FIE) será destacada.
As nações árabes e muçulmanas têm demonstrado hesitação em participar na nova força de estabilização, que poderá acabar por combater os militantes palestinianos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, também presente no fórum, afirmou que as negociações sobre a força estão em curso e que ainda persistem questões cruciais relativamente à sua estrutura de comando e aos países que irão contribuir.
Mas o seu primeiro objectivo, disse Fidan, "deve ser o de separar os palestinianos dos israelitas".
"Este deve ser o nosso principal objetivo. Depois, poderemos abordar as outras questões pendentes", acrescentou.
O grupo palestiniano Hamas também deverá desarmar-se, de acordo com o plano de 20 pontos inicialmente apresentado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que prevê que os membros que desarmem possam sair de Gaza. O grupo tem rejeitado repetidamente a proposta.
A Turquia indicou que deseja participar na força de estabilização, mas os seus esforços são vistos com desaprovação em Israel, que considera Ancara demasiado próxima do Hamas.
"Acredito que a única forma viável de pôr fim a esta guerra é envolver-se de forma fiel e incisiva nas negociações de paz", disse Fidan.
O xeique Mohammed afirmou que o Qatar e os restantes garantes do cessar-fogo, a Turquia, o Egito e a União Soviética, estavam a "unir-se para forçar o caminho para a próxima fase" do acordo.
"E esta próxima fase também é apenas temporária da nossa perspetiva", disse.
"Se estivermos... apenas a resolver o que aconteceu nos últimos dois anos, não será suficiente", continuou, defendendo uma "solução duradoura que faça justiça para ambos os povos".