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Hamas realiza negociações no Cairo sobre a implementação do cessar-fogo em Gaza
Uma delegação do Hamas reuniu-se no domingo no Cairo com Hassan Rashad, chefe do Serviço Geral de Informações do Egito, para discutir os últimos desenvolvimentos do acordo de cessar-fogo em Gaza com Israel.
As negociações abordaram "os desenvolvimentos do acordo de cessar-fogo, a situação geral em Gaza e a natureza da segunda fase do acordo", afirmou o grupo em comunicado, sem adiantar mais pormenores.
A delegação incluía o chefe do Conselho de Liderança do Hamas, Muhammad Darwish, e os membros do conselho Khaled Meshaal, Khalil al-Hayya, Nizar Awadallah, Zahir Jabarin e o membro do bureau político, Ghazi Hamad.
O Hamas afirmou que a delegação reafirmou o seu "compromisso com a implementação da primeira fase do acordo", mas alertou que as contínuas violações por parte de Israel ameaçam minar o acordo.
O grupo apelou a um mecanismo claro, supervisionado por mediadores, para denunciar as violações e garantir "acção imediata" para as impedir, evitando medidas unilaterais que agravem as tensões e prejudiquem o acordo. Segundo o Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza, as forças israelitas mataram 342 palestinianos e feriram centenas desde o cessar-fogo.
Israel afirma que não iniciará as negociações da segunda fase do acordo até receber os restantes corpos dos prisioneiros israelitas.
O Hamas tem afirmado repetidamente que a recuperação destes corpos requer tempo devido à destruição em massa em Gaza.
Desde que a primeira fase entrou em vigor, a 10 de outubro, o Hamas entregou 20 prisioneiros israelitas vivos e os restos mortais de outros 27, num total de 28. Israel contestou duas destas transferências, alegando que um conjunto de restos mortais não pertencia a nenhum dos seus prisioneiros e que outro não era recente.
Entre as medidas esperadas na segunda fase está o envio de uma força internacional de estabilização para Gaza – uma ideia incluída numa resolução recente, elaborada pelos EUA e adoptada pelo Conselho de Segurança da ONU.
A delegação do Hamas discutiu também a situação urgente dos combatentes das Brigadas Qassam, encurralados atrás da Linha Amarela em Rafah, afirmando que a comunicação com eles foi cortada e instando os mediadores a ajudarem a resolver a questão.
No sábado, o exército israelita afirmou ter morto e detido 17 combatentes do Hamas, alegando que tentavam escapar através de um túnel a leste de Rafah.
Rafah fica dentro de áreas ainda ocupadas pelas tropas israelitas como parte dos acordos da "Linha Amarela" ao abrigo do actual cessar-fogo.
Uma notícia do canal egípcio Cairo News afirmou anteriormente que Israel estava a tentar usar o impasse para sabotar o acordo de cessar-fogo.
As autoridades israelitas instaram publicamente os combatentes a renderem-se e a serem transferidos para Israel para interrogatório, sob pena de serem mortos caso se recusem.
Desde Outubro de 2023, a guerra genocida de Israel matou quase 70.000 pessoas em Gaza, principalmente mulheres e crianças, feriu mais de 170.900 e reduziu a maior parte do enclave a escombros.