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A OMS alerta para o uso desregulado da inteligência artificial na saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) na Europa alertou para o rápido crescimento da utilização da inteligência artificial (IA) nos sistemas de saúde, argumentando que esta expansão ocorre frequentemente sem quadros legais robustos para proteger os doentes e os profissionais de saúde. Num relatório publicado no site das Nações Unidas, a organização sublinha que a preparação dos países europeus para a integração da IA permanece bastante desigual: apenas quatro países têm uma estratégia nacional dedicada à sua utilização na saúde, enquanto outros sete ainda estão a trabalhar no desenvolvimento de planos semelhantes.
O relatório revela que a inteligência artificial desempenha agora um papel significativo em muitas unidades de saúde na Europa, com 32 países a utilizarem já ferramentas de diagnóstico baseadas em IA. Esta ampla adoção reflete a integração acelerada destas tecnologias na prática clínica. Para Hans Henri Kluge, Diretor Regional da OMS, a IA faz agora parte do dia-a-dia de médicos e doentes de um número crescente de países. Alerta, no entanto, que a falta de legislação clara, de mecanismos robustos de protecção de dados e de investimento na literacia digital pode agravar as desigualdades em saúde em vez de as reduzir.
Natacha Azzopardi-Muscat, Diretora dos Sistemas de Saúde da OMS, sublinha que a IA oferece um imenso potencial para melhorar a saúde das populações, reduzir a carga de trabalho das equipas médicas e diminuir os custos. Mas ela também sublinha os riscos que estas tecnologias podem representar, particularmente em relação à segurança dos doentes, à privacidade dos dados e ao acesso equitativo aos cuidados de saúde. O relatório alerta ainda que a legislação europeia está a ter dificuldades em acompanhar a inovação tecnológica: quase 90% dos países acreditam que a incerteza jurídica é o principal obstáculo a uma implementação mais ampla da IA no setor da saúde.