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NASA toma medida histórica contra cientistas chineses, gerando ampla controvérsia
A NASA anunciou recentemente a sua decisão de excluir os investigadores chineses com vistos americanos da participação nos seus programas e projetos de investigação, uma medida que ocorre no meio da crescente competição espacial entre os Estados Unidos e a China.
As novas restrições incluem a proibição de cidadãos chineses acederem às instalações da NASA, participarem em reuniões financiadas pela agência e utilizarem supercomputadores de investigação.
De acordo com um porta-voz da agência, menos de 100 cientistas são diretamente afetados pela decisão, mas fontes internas indicam que o impacto é mais abrangente, especialmente para os jovens investigadores que vieram aos Estados Unidos para contribuir para projetos da NASA, de acordo com o site Sustainability Times.
Estas medidas surgem numa altura em que a NASA enfrenta desafios financeiros, incluindo cortes orçamentais e reformas antecipadas, como parte de um amplo esforço de reestruturação supervisionado pela Casa Branca.
A NASA realçou que as medidas visam proteger a segurança física e digital da agência e são independentes da recente directiva presidencial que a designa como uma instituição estratégica de segurança nacional.
A decisão surge numa altura em que os planos dos EUA e da China para a exploração lunar estão a acelerar. A China anunciou a sua ambição de enviar astronautas chineses à Lua até 2030 e estabelecer aí uma base permanente. Entretanto, a NASA prepara-se para fazer regressar os astronautas americanos à superfície lunar até 2027, no âmbito do programa Artemis, com planos para desenvolver um reactor nuclear para operar uma instalação permanente na Lua.
As autoridades americanas descrevem a Lua como um activo estratégico vital, enquanto qualquer base chinesa nela é considerada um desafio geopolítico directo. O administrador interino da NASA, Sean Duffy, indicou que os Estados Unidos estão numa corrida com a China para a Lua, alertando que qualquer avanço chinês pode impor restrições que ameacem os projetos de bases lunares dos EUA.
No Congresso, alguns membros enfatizaram a importância de investir na exploração espacial para aumentar a segurança nacional e a superioridade tecnológica. O senador republicano Ted Cruz disse que o espaço representa uma "nova fronteira estratégica", enquanto a senadora democrata Maria Cantwell enfatizou a necessidade de regressar à Lua antes que a China estabeleça ali uma presença permanente.
Os especialistas espaciais acreditam que a exclusão de investigadores chineses reflete as tensões geopolíticas entre os dois países e representa um desafio à cooperação científica internacional no espaço, que há muito depende da troca de perícia e conhecimento entre países. À medida que a Corrida Lunar se intensifica, a questão de equilibrar a segurança nacional com a cooperação internacional continua em aberto, no meio de novos desafios para o futuro da exploração espacial.