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OpenAI e Amazon fecham acordo de infraestruturas de 38 mil milhões de dólares para impulsionar a IA de próxima geração
A OpenAI fechou um gigantesco acordo de 38 mil milhões de dólares com a Amazon, que permitirá à criadora do ChatGPT executar os seus sistemas de inteligência artificial nos centros de dados da Amazon nos EUA e aceder ao vasto poder computacional dos chips da Nvidia na Amazon Web Services, intensificando a corrida global à infraestrutura de IA, como anunciado na segunda-feira.
O acordo surge menos de uma semana depois de a OpenAI ter alterado a sua parceria com a Microsoft, o seu antigo patrocinador, que até ao início deste ano era o fornecedor exclusivo de computação em nuvem da startup.
Os reguladores da Califórnia e do Delaware permitiram também, na semana passada, que a OpenAI, com sede em São Francisco e fundada como uma organização sem fins lucrativos, prosseguisse o seu plano de formar uma nova estrutura empresarial para facilitar a angariação de fundos e a obtenção de lucros.
"O rápido avanço da tecnologia de IA criou uma procura sem precedentes por poder computacional", afirmou a Amazon em comunicado na segunda-feira. A OpenAI afirmou que "começará imediatamente a utilizar os recursos computacionais da AWS como parte desta parceria, com toda a capacidade prevista para ser implementada antes do final de 2026, e com possibilidade de expansão para 2027 e mais além".
A inteligência artificial (IA) exige enormes quantidades de energia e poder computacional, e a OpenAI há muito que sinaliza a necessidade de mais capacidade, tanto para desenvolver novos sistemas de IA como para manter os produtos existentes, como o ChatGPT, respondendo às perguntas das suas centenas de milhões de utilizadores. Recentemente, a empresa assumiu compromissos financeiros superiores a 1 bilião de dólares em investimentos em infraestruturas de IA, incluindo projetos de data centers com a Oracle e a SoftBank, e contratos de fornecimento de semicondutores com os fabricantes de chips Nvidia, AMD e Broadcom.
Alguns destes contratos geraram preocupações entre os investidores sobre a sua natureza "circular", dado que a OpenAI não gera lucro e ainda não pode suportar os custos da infraestrutura que os seus parceiros de cloud estão a fornecer, na expectativa de retornos futuros dos seus investimentos. O CEO da OpenAI, Sam Altman, afastou na semana passada as críticas, afirmando que os críticos manifestaram "preocupação excessiva" em relação aos contratos.
"A receita está a crescer rapidamente. Estamos a apostar que continuará a crescer", disse Altman num podcast em que participou com o CEO da Microsoft, Satya Nadella.
A Amazon é já o principal fornecedor de cloud para a startup de IA Anthropic, concorrente da OpenAI e criadora do chatbot Claude.
