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Remodelar o cenário militar da Síria; Uma nova era sob controlo unificado
A nova liderança da Síria deu um passo significativo no sentido de restaurar a autoridade central ao anunciar um acordo com grupos armados para a dissolução e fusão sob a supervisão do Ministério da Defesa. Este acordo, alcançado após uma reunião com os chefes dos grupos e o novo líder, Ahmed al-Sharaa, marca um momento crucial na recuperação contínua do país após mais de uma década de conflito.
A decisão, confirmada pelos meios de comunicação estatais, refere que todas as facções armadas serão dissolvidas e integradas no Ministério da Defesa. Esta reestruturação visa consolidar o controlo militar e criar uma força de defesa nacional unificada. A reorganização envolve antigas facções rebeldes e oficiais desertores do exército de Bashar al-Assad, como afirmou o novo primeiro-ministro, Mohammed al-Bashir, na semana passada.
Numa declaração ousada, Sharaa sublinhou que as novas autoridades não tolerariam que as armas fossem mantidas fora do controlo do Estado. Esta directiva estende-se a todos os grupos armados, incluindo as forças lideradas pelos curdos, indicando uma posição firme no desarmamento das milícias independentes.
A nomeação de Murhaf Abu Qasra, um antigo líder insurgente, como novo ministro da Defesa realça a complexidade do ambiente político e militar da Síria. A liderança de Qasra será crucial para enfrentar os desafios colocados pela integração de um conjunto diversificado de grupos armados sob uma autoridade central.
O panorama político na Síria está repleto de potenciais tensões, especialmente com a multiplicidade de facções que disputam influência. O governo de Sharaa enfrenta a difícil tarefa de prevenir conflitos entre vários grupos, cada um com diferentes ideologias e lealdades regionais. Além disso, a composição multiétnica e multirreligiosa da Síria – incluindo curdos, xiitas, cristãos e drusos – agrava o desafio de manter a unidade e a paz em todo o país.
Sharaa garantiu aos intervenientes internacionais que as novas autoridades não procurarão vingar-se do antigo regime nem reprimirão qualquer minoria religiosa. Esta declaração é uma tentativa de acalmar os receios entre as diversas comunidades étnicas e religiosas do país, muitas das quais têm sido cautelosas com o domínio islâmico sunita após anos de guerra civil.
A guerra, que dura há mais de 13 anos, devastou o país, ceifando mais de meio milhão de vidas e deixando-o fragmentado em zonas controladas por várias facções, muitas vezes apoiadas por potências internacionais e regionais. A unificação das forças armadas sob o Ministério da Defesa representa um passo significativo na recuperação da Síria, embora o sucesso a longo prazo deste esforço permaneça incerto, dadas as complexidades do tecido social e político fraturado do país.