-
13:16
-
12:40
-
12:03
-
12:00
-
11:15
-
11:07
-
10:30
-
10:13
-
09:45
-
09:21
-
09:00
-
08:28
-
08:15
-
16:30
-
15:45
-
15:00
-
14:21
-
13:51
Siga-nos no Facebook
Portugal prepara-se para reconhecer oficialmente o Estado da Palestina
A diplomacia portuguesa anunciou na sexta-feira à noite a sua intenção de reconhecer oficialmente o Estado da Palestina este domingo, uma decisão altamente simbólica que surge na véspera da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, onde a questão da solução de dois Estados estará no centro do debate.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou que o anúncio oficial será feito antes do lançamento da "conferência internacional para a solução de dois Estados", agendada para a próxima semana.
A decisão de Lisboa provocou de imediato uma reação de Ramallah. Num comunicado divulgado no sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina saudou uma "escolha corajosa" em conformidade com o direito internacional e as resoluções da ONU, afirmando que esta reforça os esforços para estabelecer uma paz duradoura e alcançar a solução de dois Estados. O ministério instou ainda os países que ainda não deram este passo a reconhecer o Estado da Palestina, de forma a preservar a viabilidade deste processo e a proteger os civis num contexto de guerra.
Esta decisão insere-se num movimento internacional crescente: várias capitais, incluindo Malta, Grã-Bretanha, Luxemburgo, França, Austrália e Arménia, manifestaram recentemente a sua disponibilidade para avançar no sentido do reconhecimento. Dos 193 Estados-membros da ONU, 149 já reconhecem a Palestina, proclamada em 1988 em Argel por Yasser Arafat.
No final de Julho, Nova Iorque acolheu a "Conferência para a Solução de Dois Estados", copresidida pela Arábia Saudita e pela França, com uma participação palestiniana de alto nível, mas sem os Estados Unidos, ilustrando as fracturas diplomáticas sobre a questão.
Desde 7 de outubro de 2023, a guerra travada por Israel em Gaza com o apoio de Washington fez, segundo as organizações internacionais, mais de 65 mil palestinianos mortos, a maioria mulheres e crianças, além de 166 mil feridos e centenas de milhares de deslocados. A fome provocou ainda a morte a 440 pessoas, incluindo 147 crianças, agravando a emergência humanitária.