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OMS alerta para disseminação alarmante de bactérias resistentes aos antibióticos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) deu o alarme na segunda-feira sobre a rápida propagação de bactérias resistentes aos antibióticos, uma ameaça crescente que compromete a eficácia dos tratamentos essenciais e pode tornar as infeções ligeiras fatais.
No seu último relatório, a OMS revelou que, até 2023, uma em cada seis infeções bacterianas confirmadas em laboratório era resistente aos antibióticos, um número considerado extremamente preocupante pelos especialistas em saúde globais.
"Estas conclusões são profundamente preocupantes", disse Iven Hutin, Diretor do Departamento de Cobertura Universal de Saúde e Doenças Transmissíveis da OMS. "À medida que a resistência aos antibióticos continua a espalhar-se, as nossas opções de tratamento estão a diminuir e vidas humanas estão a ser colocadas em risco", alertou.
O fenómeno, conhecido como resistência antimicrobiana (RAM), não é novo: as bactérias desenvolveram há muito tempo defesas contra os medicamentos concebidos para as eliminar. No entanto, o uso excessivo e frequentemente inadequado de antibióticos em humanos, na pecuária e na indústria alimentar acelerou esta evolução natural, tornando-a uma das principais causas de mortalidade por doenças infecciosas em todo o mundo.
Segundo estimativas da OMS, as bactérias resistentes aos antibióticos são diretamente responsáveis por mais de 500.000 mortes por ano e contribuem para quase 5 milhões de mortes adicionais a cada ano, agravando as infeções existentes.
Perante esta situação, a organização apela aos governos e aos sistemas de saúde para que reforcem a vigilância, limitem o uso indevido de antibióticos e acelerem a investigação de novos tratamentos para evitar que o mundo regresse a uma era pré-antibióticos, onde uma simples lesão ou infecção comum poderia ser fatal.