-
17:22
-
17:00
-
16:30
-
16:01
-
15:51
-
15:30
-
15:05
-
14:50
-
14:26
-
14:00
-
13:15
-
12:15
-
11:30
-
11:00
-
10:44
-
10:23
-
10:00
-
09:26
-
09:15
-
08:28
-
07:54
-
07:45
Siga-nos no Facebook
Macron apresenta novo serviço militar voluntário francês
França vai lançar um programa de serviço militar voluntário para jovens de 18 e 19 anos em 2026, com o objetivo de recrutar inicialmente 3.000 participantes e até 50.000 até 2035, anunciou o presidente francês esta quinta-feira.
França vai lançar um programa de serviço militar voluntário no verão de 2026, anunciou esta quinta-feira o presidente Emmanuel Macron durante um discurso em Varces, nos Alpes.
O programa irá recrutar jovens de 18 e 19 anos selecionados durante um "dia de mobilização" com base na sua motivação e nas necessidades das Forças Armadas. Os voluntários servirão durante dez meses, começando com um mês de formação inicial em competências militares básicas e manuseamento de armas, seguido de nove meses numa unidade militar destacada apenas em território francês.
Os participantes receberão uma remuneração e participarão em todas as missões, incluindo a Operação Sentinela, a operação de segurança interna de França em vigor desde 2015.
Macron afirmou que o programa visa recrutar 3.000 jovens em 2026, número que subirá para 10.000 em 2030 e 50.000 em 2035. Afastou o regresso ao serviço militar obrigatório, suspenso em França em 1996 e terminado em 2001, o que exigiria o recrutamento de 600.000 a 800.000 jovens anualmente.
"Precisamos de mobilização", disse Macron, sublinhando que a França deve "estar preparada e ser respeitada", sem visar nenhum inimigo específico. Descreveu a iniciativa como uma resposta à "aceleração das crises" que a França enfrenta.
O anúncio encerra, na prática, o Serviço Nacional Universal, um programa de envolvimento cívico que Macron tinha defendido anteriormente para todos os jovens.
Na terça-feira, Macron esclareceu que o novo serviço não se tratava de "enviar os nossos jovens para a Ucrânia". A declaração surgiu dias depois de o Chefe do Estado-Maior da Defesa, General Fabien Mandon, ter gerado controvérsia ao alertar que a França deveria preparar-se para "aceitar a perda dos seus jovens" em resposta às ameaças russas e ao risco de um conflito aberto.
O lançamento do programa ocorre numa altura em que a França procura reduzir a sua dívida no meio de restrições financeiras rigorosas.
Doze países europeus mantêm atualmente o serviço militar obrigatório. Na Noruega, citada por Macron como modelo, cerca de 15% de cada faixa etária serve durante 12 meses, selecionados com base nas qualificações e motivação.