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Impostos elevam preços dos combustíveis portugueses acima da média europeia
De acordo com um boletim publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Portugal está agora entre os dez combustíveis mais caros da União Europeia, superando não só a média da UE como também os preços praticados em Espanha. O país ocupa a 9. ª posição entre os 27 Estados-Membros no que diz respeito à gasolina e ao gasóleo, posição atribuída principalmente à carga fiscal.
Em média, os impostos representam um custo adicional de até 21 cêntimos por litro em comparação com o outro lado da fronteira. Para a gasolina, representam 56% do preço final em Portugal, contra 55% na UE e apenas 49% em Espanha. A diferença é semelhante para o gasóleo: 52% em Portugal, contra a média europeia de 50% e 45% no seu vizinho ibérico.
Os dados da ERSE mostram que, quando comparados os preços antes de impostos, os combustíveis portugueses são ligeiramente mais baratos do que os espanhóis, com uma diferença de 0,7 cêntimos por litro para a gasolina e de 2,1 cêntimos para o gasóleo. No entanto, após a aplicação dos impostos, a diferença aumenta significativamente: a gasolina custa aproximadamente mais 21,4 cêntimos em Portugal e o gasóleo, mais 15,1 cêntimos.
A única excepção a esta tendência é o GPL automóvel. Os preços portugueses, tanto antes como depois de impostos, mantêm-se inferiores aos observados em Espanha, embora, à escala europeia, se mantenham 6,3 cêntimos por litro superiores, em média.
Estes números confirmam que a fiscalidade é o principal factor que explica o elevado custo dos combustíveis em Portugal, embora os preços base se mantenham competitivos face aos países vizinhos. Esta situação alimenta o debate sobre o poder de compra e a competitividade económica nacional, num contexto de elevada sensibilidade social ao aumento dos custos energéticos.