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AD longe da maioria e PS próximo do precipício

AD longe da maioria e PS próximo do precipício
13:25
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AD, Chega e Livre foram os grandes vencedores. A Iniciativa Liberal ficou em casa, mas ganhou mais um deputado, enquanto o PS e o BE foram os grandes derrotados da noite. O Juntos Pelo Povo consegue eleger pela primeira vez um deputado.

5.965.322 portugueses decidiram ir às urnas e deram uma vitória à AD, que ficou muito longe da maioria absoluta, e ao Chega, que deverá passar a ser o líder da oposição – apesar de ter menos votos do que o PS, ambos têm, neste momento, 58 deputados. Acontece que falta apurar os resultados da emigração, Europa e resto do mundo, e nas últimas eleições o Chega conseguiu dois dos quatro mandatos em questão. A AD e o PS ficaram com os restantes dois. Se as previsões se confirmarem, então o Chega deverá chegar aos 59 ou 60 deputados e o PS ficará atrás.

Os socialistas perderam 365.507 votos em relação às últimas eleições, tendo muitos desses votos ido parar ao Chega. Fica bem evidente que, nas últimas três eleições legislativas, o Chega não pára de engordar à conta da esquerda e da extrema-esquerda. Começou por conquistar o voto dos comunistas em bastiões alentejanos, principalmente em localidades com comunidades ciganas e com imigrantes, e agora o fenómeno estendeu-se ao Partido Socialista e ao Bloco de Esquerda. E é fácil fazer as contas. Quando faltam quatro mandatos por atribuir, as contas dizem que a AD, Chega e IL conseguiram mais 395.628 votos do que em 2024. Já à esquerda, as perdas foram ainda maiores. O PS perdeu 365.507 votos, o BE passou de 274.029 para 119. 211 (menos quatro deputados, só restou Mariana Mortágua, e menos 154.818 votos). A CDU perdeu um deputado, tem agora três, e viu voarem mais 21.382 votos. Se juntarmos o PAN, que passou de 118.579 para 80.850 (menos 37.729 votos), chega-se ao número 579.436. O leitor poderá pensar que se uns perderam 579.436 votos e outros ganharam 395.628, então onde está o restante? O Livre, outro dos vencedores, conseguiu mais 50.763 votos, subindo o número de deputados para seis (tinha quatro).

O único distrito que o Partido Socialista manteve é Évora, apesar de ter perdido muitos votos, vendo o Chega e a AD a aproximarem-se muito.

O Chega teve a sua vitória mais saborosa no distrito de Setúbal – ganhou os concelhos de Sesimbra, Seixal, Setúbal, Moita, Palmela, Montijo e Sines – e em Lisboa, apesar de ter ficado em terceiro lugar, venceu em Sintra, Vila Franca de Xira, Sobral de Monte Agraço e Azambuja.

Já a AD teve em Lisboa e Coimbra duas das vitórias mais saborosas, pois há um ano tinha sido o PS a ganhar ambos os distritos.

Quem chegou ao continente foi o Juntos Pelo Povo (JPP) que conseguiu eleger o seu primeiro deputado. Mas se o JPP tivesse conseguido repetir o resultado das Regionais da Madeira realizadas em março do corrente ano, seguramente teria elegido mais um.

Por fim, diga-se que houve menos 174.947 votantes, e que o número de inscritos diminuiu em 5.986 do ano passado para agora.

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