Trump pede divulgação de documentos relacionados com Epstein e ataca democratas

Sábado 27 - 14:19

"Foram os democratas que trabalharam com Epstein, não os republicanos", diz presidente dos EUA após departamento descobrir mais de 1 milhão de documentos potencialmente relacionados com o falecido criminoso sexual

O presidente norte-americano, Donald Trump, pediu na sexta-feira ao Departamento de Justiça que revele a identidade de "todos" os democratas que tiveram relações com o falecido criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein.

"Foram os democratas que trabalharam com Epstein, não os republicanos. Divulguem todos os seus nomes, envergonhem-nos e voltem a ajudar o nosso país!", disse Trump na sua empresa de redes sociais, Truth Social.

Referindo-se a um anúncio recente do Departamento de Justiça de que foram descobertas mais de 1 milhão de páginas adicionais de documentos relacionados com o financeiro desonrado, Trump disse que o "Departamento de Justiça está a ser forçado a gastar todo o seu tempo com esta farsa inspirada pelos democratas".

"Quando é que vão dizer BASTA e começar a trabalhar na fraude eleitoral, etc.? Foram os democratas que trabalharam com Epstein, não os republicanos", disse.

Ao apelidar a longa investigação sobre Epstein de "apenas mais uma caça às bruxas", Trump afirmou que a "esquerda radical" queria impedir as discussões sobre o "SUCESSO DE TRUMP E DOS REPUBLICANOS".

O Departamento de Justiça tinha declarado na quarta-feira que recebeu mais de 1 milhão de documentos adicionais potencialmente relacionados com Epstein.

Num processo que, segundo o departamento, poderia demorar "mais algumas semanas", os seus advogados estavam a rever os documentos "ininterruptamente para os analisar e fazer as redacções legalmente exigidas para proteger as vítimas".

O departamento afirmou que divulgaria os documentos "o mais rapidamente possível" após a revisão, como parte das suas obrigações ao abrigo da Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, sancionada a 19 de novembro, bem como ao abrigo das leis federais e ordens judiciais em vigor.

Jeffrey Epstein foi encontrado morto na sua cela na prisão de Nova Iorque, em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.

As suas vítimas alegaram que operava uma extensa rede de tráfico sexual que era utilizada por membros da elite rica e política.

O caso Epstein continua a ser uma questão politicamente controversa nos EUA, com os legisladores e defensores das vítimas de todo o espectro político a exigirem maior transparência sobre a sua rede de associados e quaisquer indivíduos que possam ter facilitado os seus crimes.