Zelenskyy confirma encontro com Trump em Mar-a-Lago no domingo

Ontem 13:23
Zelenskyy confirma encontro com Trump em Mar-a-Lago no domingo

O líder ucraniano afirmou que se vai reunir com o presidente norte-americano, Donald Trump, no fim de semana para avançar com conversações de paz para pôr fim à guerra total com a Rússia, que se aproxima da sua marca de quatro anos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse na sexta-feira que se vai reunir com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Florida, no domingo, o próximo passo nas negociações em curso para pôr fim à guerra de quase quatro anos da Rússia na Ucrânia.

Zelenskyy disse aos jornalistas que os dois líderes vão discutir as garantias de segurança para a Ucrânia durante as conversações do fim de semana e que o plano de 20 pontos em discussão "está cerca de 90% pronto".

Antes, na sexta-feira, o presidente ucraniano disse que um encontro com Trump iria acontecer "em breve".

"Não estamos a perder um único dia. Concordámos com uma reunião ao mais alto nível – com o presidente Trump em breve", escreveu Zelenskyy no X.

"Muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo", acrescentou. "Glória à Ucrânia."

Os anúncios de Zelenskyy surgiram depois de ter dito, na quinta-feira, que teve uma “boa conversa” com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e com o genro de Trump, Jared Kushner.

Washington tem-se empenhado numa extensa campanha diplomática para pôr fim à guerra total, mas os seus esforços esbarram em exigências bastante divergentes de Moscovo e Kiev.

Zelenskyy disse na terça-feira que a Ucrânia consideraria retirar as suas tropas do coração industrial do leste do país como parte de um plano de paz, caso Moscovo também se retire e a área se torne uma zona desmilitarizada monitorizada pelas forças internacionais.

A Rússia não deu qualquer indicação de que irá concordar com a retirada das tropas do território que ocupa.

Na verdade, Moscovo insiste para que Kiev renuncie ao território que controla no leste do Donbas, que engloba Donetsk e Luhansk — um ultimato que a Ucrânia rejeitou.

A questão da gestão da central nuclear de Zaporizhzhia, tomada pelas tropas russas, continua por resolver, assim como a exigência do Kremlin de que a Ucrânia não se junte à NATO. Moscovo deveria responder ao mais recente plano de 20 pontos na quarta-feira. No entanto, ainda não o fez nem comentou o seu conteúdo, com o porta-voz presidencial Dmitry Peskov a limitar-se a dizer que o Kremlin estava a "formular a sua posição".

Em terra, os ataques de drones russos contra a cidade de Mykolaiv e os seus arredores, durante a madrugada de sexta-feira, deixaram parte da cidade sem energia elétrica.

Entretanto, a Ucrânia afirmou ter atingido uma importante refinaria de petróleo russa na quinta-feira, utilizando mísseis Storm Shadow fornecidos pelo Reino Unido.

O Estado-Maior ucraniano afirmou que as suas forças atingiram a refinaria de Novoshakhtinsk, na região russa de Rostov. "Foram registadas múltiplas explosões. O alvo foi atingido", escreveu em comunicado no Telegram.

Os ataques de drones de longo alcance da Ucrânia contra refinarias russas visam privar Moscovo das receitas de exportação de petróleo necessárias para prosseguir a sua invasão em grande escala.

Dando continuidade à estratégia adotada nos invernos anteriores, a Rússia pretende paralisar a rede elétrica ucraniana, procurando impedir o acesso da população a aquecimento, luz e água corrente, numa tentativa, segundo as autoridades de Kiev, de instrumentalizar o inverno.

 



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