-
16:45
-
16:08
-
15:00
-
14:05
-
12:54
-
12:02
-
11:13
-
10:34
-
09:30
-
08:49
-
08:04
-
ontem
Siga-nos no Facebook
Israel está deliberadamente a matar palestinianos à fome em Gaza, diz Amnistia
A Amnistia Internacional acusou Israel na segunda-feira de seguir uma "política deliberada" de fome em Gaza, enquanto as Nações Unidas e as agências humanitárias alertavam que o território está à beira da fome.
Israel, embora restrinja severamente a ajuda permitida à Faixa de Gaza, rejeita as alegações de fome deliberada na guerra genocida de 22 meses.
Num relatório que cita testemunhos de palestinianos deslocados e de profissionais de saúde que trataram crianças subnutridas, a Amnistia afirmou que "Israel está a realizar uma campanha deliberada de fome na Faixa de Gaza ocupada".
O grupo acusou Israel de "destruir sistematicamente a saúde, o bem-estar e o tecido social da vida palestiniana".
"É o resultado pretendido de planos e políticas que Israel elaborou e implementou, nos últimos 22 meses, para infligir deliberadamente aos palestinianos em Gaza condições de vida calculadas para causar a sua destruição física – o que é parte integrante do genocídio em curso de Israel contra os palestinianos em Gaza", afirmou a Amnistia Internacional.
O relatório baseia-se em entrevistas realizadas nas últimas semanas a 19 deslocados de Gaza abrigados em três campos improvisados, bem como a dois profissionais de saúde em dois hospitais da Cidade de Gaza.
Contactados pela AFP, os militares israelitas e o Ministério dos Negócios Estrangeiros não comentaram de imediato as conclusões da Amnistia Internacional.
Num relatório divulgado na semana passada, o COGAT do Ministério da Defesa de Israel, o organismo que supervisiona os assuntos civis nos territórios palestinianos, rejeitou as alegações de subnutrição generalizada em Gaza e contestou os números divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza.
Em Abril, a Amnistia Internacional acusou Israel de cometer um "genocídio transmitido em directo" contra os palestinianos, deslocando à força os residentes de Gaza e criando uma catástrofe humanitária no território sitiado, alegações que Israel rejeitou na altura como "mentiras descaradas".