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Cimeira do G20 em Joanesburgo: Um Teste Crucial para a Diplomacia Sul-Africana

14:00
Cimeira do G20 em Joanesburgo: Um Teste Crucial para a Diplomacia Sul-Africana

Joanesburgo prepara-se para acolher a cimeira do G20 nos dias 22 e 23 de Novembro, um acontecimento crucial para a diplomacia sul-africana, que enfrenta inúmeros desafios. A ausência anunciada de vários líderes, incluindo o presidente dos EUA, pode enfraquecer as discussões e testar a capacidade da África do Sul para manter o seu papel de mediador num contexto internacional cada vez mais polarizado.

O presidente sul-africano sublinhou que a cimeira irá decorrer como planeado, apesar da decisão dos EUA de boicotar o evento, e que serão tomadas decisões importantes mesmo na ausência de Washington. Contudo, esta ausência, somada às dos líderes da Rússia, China, México e Argentina, levanta dúvidas sobre o alcance dos possíveis resultados da cimeira. Segundo os especialistas, o G20 em Joanesburgo resultará provavelmente em acordos limitados, particularmente em questões Norte-Sul.

São esperados mais de mil delegados no centro Expo Nasrec, representando os Estados-membros, a União Europeia, a União Africana, bem como quinze países convidados e organizações internacionais. Contudo, a ausência das grandes potências pode complicar o processo e limitar possíveis compromissos sobre as prioridades globais.

A presidência sul-africana, que elegeu "Solidariedade, Igualdade e Sustentabilidade" como tema da cimeira, encontra-se no centro de um exercício delicado: equilibrar as expectativas internacionais e, ao mesmo tempo, defender uma posição de neutralidade e pluralismo num mundo marcado por tensões Leste-Oeste e Norte-Sul. A capacidade da África do Sul para traduzir o seu capital moral em influência política será minuciosamente analisada, particularmente no que diz respeito aos seus compromissos nacionais em matéria de direitos humanos, combate à corrupção e melhoria dos serviços públicos.

A cimeira de Joanesburgo representa, por isso, um teste estratégico para Pretória, que é chamada a demonstrar o seu papel enquanto potência emergente capaz de gerir negociações complexas, navegando por entre as linhas de fractura geopolíticas e os desafios da governação interna.



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