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Gaza: Reconstrução condicionada pelo desarmamento do Hamas no centro do consenso internacional
Enquanto a trégua em Gaza parece estar a consolidar-se, está a emergir um consenso internacional em torno de uma abordagem faseada à reconstrução do território palestiniano, intimamente ligada à delicada questão do desarmamento do Hamas. Grandes potências regionais e globais, nomeadamente o Egipto, a Turquia e os Estados Unidos, concordam com a necessidade de um processo coordenado para garantir a estabilidade e a sustentabilidade da paz.
Os recentes intercâmbios diplomáticos reflectem um desejo partilhado de transformar a frágil trégua numa estabilidade duradoura, criando as condições propícias ao lançamento de um vasto programa de reconstrução sob supervisão internacional. No entanto, os doadores e os actores políticos envolvidos acreditam que nenhuma iniciativa credível poderá ter sucesso enquanto as armas se mantiverem fora do controlo da legítima Autoridade Palestiniana.
Washington, Cairo e Ancara estão actualmente a conduzir discussões intensivas com o objectivo de estabelecer uma estrutura económica e de segurança para garantir que os esforços de reconstrução não são comprometidos por um regresso às hostilidades. Segundo fontes diplomáticas, a nova abordagem centra-se numa governação transparente, num mecanismo de financiamento multilateral e numa supervisão internacional para evitar qualquer utilização indevida da ajuda.
Os Estados Unidos, embora reafirmem o seu compromisso com a reconstrução, insistem na necessidade de desarmar o Hamas antes de implementar qualquer plano abrangente. Para Washington e os seus aliados árabes, injectar milhares de milhões num território ainda militarizado equivaleria a repetir o ciclo de crises em vez de abordar as suas causas profundas.
Por seu lado, o Egipto e a Turquia estão a posicionar-se como mediadores-chave, procurando colmatar o fosso entre as perspectivas palestiniana e israelita, preservando a estabilidade regional. O seu objetivo é lançar as bases para um acordo de segurança duradouro, aliado a um compromisso económico que vise a retoma da atividade no território devastado.
O processo, no entanto, continua delicado: o desafio continua imenso, equilibrando a vontade política e as realidades locais. Mas o actual clima diplomático, marcado por uma mobilização internacional sem precedentes, sugere a possibilidade de uma viragem histórica — desde que todas as partes demonstrem vontade política e garantias concretas de paz.