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Flotilha Global Sumud Atingida pelo Mau Tempo, Mas Continua Comprometida com Gaza
A Flotilha Global Sumud, uma missão marítima liderada por civis com o objetivo de quebrar o bloqueio israelita a Gaza, enfrentou um revés temporário devido às severas condições meteorológicas no Mediterrâneo. Os organizadores continuam empenhados no seu objectivo de entregar ajuda humanitária e sensibilizar para o impacto devastador do bloqueio na população de Gaza.
Missão ambiciosa de solidariedade
A flotilha, composta por mais de 50 navios e que representa delegações de 44 países de seis continentes, partiu de portos espanhóis a 31 de agosto. A primeira leva de pequenas embarcações estava programada para encontrar um segundo comboio na Tunísia no final desta semana, antes de seguir para Gaza.
Esta iniciativa, liderada por quatro grandes coligações, incluindo a Coligação da Flotilha da Liberdade (FFC) e a Flotilha Maghreb Sumud, é descrita como a missão marítima civil mais ambiciosa até à data. Os organizadores têm como objetivo entregar ajuda humanitária e médica, ao mesmo tempo que destacam a ilegalidade do bloqueio israelita, que foi condenado internacionalmente.
Atrasos climáticos e preocupações de segurança
Na segunda-feira, a flotilha foi obrigada a regressar a Barcelona, pois ventos superiores a 55,5 km/h tornaram a navegação insegura, especialmente para embarcações mais pequenas. Os organizadores sublinharam que a segurança continua a ser a sua principal prioridade, afirmando: "Tomámos a decisão de priorizar a segurança e o bem-estar de todos os participantes e garantir o sucesso da nossa missão".
Apesar deste contratempo, a flotilha deverá ser relançada ainda esta semana, com os ativistas empenhados em concluir a viagem.
Agravamento da crise humanitária em Gaza
O bloqueio a Gaza, que se intensificou no último ano, continua a ter consequências catastróficas para a sua população. As autoridades de saúde de Gaza reportaram um aumento do número de mortes por fome e subnutrição, com 339 mortes, incluindo 124 crianças.
O bloqueio israelita tem sido amplamente criticado como uma arma de guerra, com algumas potências internacionais a considerarem sanções económicas ou outras medidas contra Israel em resposta. Entretanto, vários países europeus aproximaram-se do reconhecimento do Estado palestiniano, sinalizando o crescente isolamento de Israel no panorama global.
Riscos e determinação
A flotilha recorda os esforços anteriores para entregar ajuda a Gaza, muitos dos quais foram intercetados pelas forças israelitas, muitas vezes de forma violenta. O incidente mais notável ocorreu em 2010, quando os comandos israelitas invadiram o Mavi Marmara, matando nove ativistas.
Apesar destes riscos, os participantes da Flotilha Global Sumud mantêm-se resolutos. Os organizadores reafirmaram o seu compromisso com uma missão pacífica e não violenta, afirmando: "Trata-se de dignidade humana e solidariedade. Continuaremos a navegar até ao fim do bloqueio."
Independentemente de os navios chegarem ou não à costa de Gaza, a missão procura manter a atenção internacional focada na grave situação humanitária no enclave.