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"Estabilidade económica de Marrocos no meio de pressões inflacionistas: perceções para 2023 e perspetivas futuras"
Apesar dos desafios, o relatório observou que os riscos de uma inflação galopante diminuíram, com Marrocos a manter uma economia relativamente estável em comparação com outros países que enfrentam pressões semelhantes.
Marrocos conseguiu evitar uma espiral salários-preços, apesar das persistentes pressões inflacionistas em 2023, de acordo com o último relatório anual do Conselho da Concorrência do país.
O relatório destacou o fenómeno da “cupidflação” – ganância em inglês – onde algumas empresas aproveitaram a inflação para aumentar injustificadamente as suas margens de lucro em mais do que os seus custos aumentaram.
Em 2023, a inflação em Marrocos foi em média de 6,1%, ligeiramente abaixo dos 6,6% em 2022, com um pico de 10,1% registado em Fevereiro. Em dezembro, a inflação tinha diminuído para 3,4%. O relatório observou também um declínio na taxa de inflação subjacente, que exclui os preços voláteis, com uma média de 5,6% para o ano.
Os preços dos alimentos foram identificados como o principal impulsionador da inflação, tendo sido observados aumentos significativos em categorias como os produtos hortícolas (28,6%), fruta (27,1%), produtos lácteos e ovos (13,3%). Estes picos foram parcialmente compensados por uma redução dos preços dos combustíveis e pela estabilidade dos preços dos bens regulados.
O Conselho da Concorrência levantou preocupações sobre o comportamento das empresas com poder de mercado, que podem ter explorado o ambiente inflacionista para aumentar os preços e as margens para além do que era justificado por factores externos.
Apesar dos desafios, o relatório observou que os riscos de uma inflação galopante diminuíram, com Marrocos a manter um ambiente económico relativamente estável em comparação com outros países que enfrentam pressões semelhantes. O ligeiro aumento do consumo das famílias, juntamente com o aumento do desemprego e o enfraquecimento do poder de compra, desempenharam um papel importante na contenção de uma nova escalada inflacionista.
O relatório aponta ainda para a necessidade de vigilância contínua e de medidas políticas para sustentar esta tendência, sublinhando que as condições de mercado competitivas são cruciais para o controlo da inflação a longo prazo.