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Tensões diplomáticas: EUA exigem acesso humanitário alargado a Gaza
Os Estados Unidos emitiram um aviso formal a Israel relativamente à continuação da sua assistência militar, condicionando-o a uma melhoria significativa na ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Na verdade, este aviso, revelado pelo Departamento de Estado, dá a Israel 30 dias para responder às preocupações americanas.
Numa carta enviada no domingo, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa norte-americanos, Antony Blinken e Lloyd Austin, manifestaram a sua insatisfação com o nível muito limitado de ajuda humanitária concedida a Gaza, atingida pelas consequências do conflito armado. Além disso, segundo Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, as autoridades norte-americanas insistiram na necessidade de “mudanças claras” para aumentar esta ajuda.
Além disso, a lei dos EUA exige que os destinatários da ajuda militar, como Israel, garantam que a entrega da ajuda humanitária dos EUA não é injustificadamente bloqueada ou impedida. Assim, Washington espera que Israel aja rapidamente para evitar repercussões negativas na assistência que recebe.
O ultimato dos EUA surge no meio de um agravamento da crise humanitária em Gaza, onde as Nações Unidas sublinharam que os residentes enfrentam as restrições mais severas à ajuda humanitária em mais de um ano. Além disso, o conflito devastou grande parte do território, especialmente no norte de Gaza, onde centenas de milhares de pessoas permanecem encurraladas.
Israel intensificou as suas operações militares após o ataque do Hamas ao seu território, a 7 de outubro de 2023, provocando retaliações massivas. No entanto, a comunidade internacional apela a um equilíbrio entre a segurança e a ajuda humanitária, sublinhando que os civis estão a pagar um preço elevado.
Assim, o alerta dos EUA reflecte a crescente pressão sobre Israel para alterar a forma como trata a ajuda a Gaza. Se não forem feitas melhorias no prazo de 30 dias, Israel poderá ver posta em causa a sua parceria estratégica com Washington.