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Washington recomenda que os seus cidadãos abandonem a Venezuela “imediatamente”
Os Estados Unidos renovaram o seu alerta de viagem de nível máximo para a Venezuela na quinta-feira, recomendando que os seus cidadãos no país abandonem o país “imediatamente” devido à situação de segurança extremamente perigosa.
Num comunicado publicado no seu site oficial, o Departamento de Estado dos EUA reativou o alerta de Nível 4: “Não viaje”, o nível mais elevado no seu sistema de classificação. O alerta, inalterado desde a sua emissão inicial em Maio passado, recomenda vivamente que todos os cidadãos norte-americanos, incluindo os residentes permanentes, abandonem imediatamente a Venezuela.
Washington observou que retirou todo o seu pessoal diplomático de Caracas em 2019, impossibilitando qualquer assistência consular – seja para emergências ou serviços administrativos de rotina. De acordo com o comunicado, os norte-americanos que optarem por permanecer enfrentarão um “alto risco”, incluindo detenções arbitrárias, tortura em detenção, ameaças terroristas, raptos e agitação interna.
O Departamento de Estado dos EUA alerta ainda para uma taxa muito elevada de crimes violentos, citando homicídios, assaltos à mão armada e sequestros de veículos, ao mesmo tempo que acusa as forças de segurança venezuelanas de repressão severa dos protestos pró-democracia.
O Departamento de Estado chega ao ponto de aconselhar os viajantes, apesar da proibição de viajar, a fazerem um testamento, a considerarem a contratação de segurança privada e a adquirirem um seguro de evacuação médica.
As tensões entre Washington e Caracas atingiram um nível crítico. Os Estados Unidos criticam o governo de Nicolás Maduro pela sua falta de envolvimento no combate ao narcotráfico e enviaram uma grande frota naval para a região, incluindo o porta-aviões USS Gerald R. Ford, um submarino nuclear e mais de 16.000 soldados.
Desde setembro, as forças norte-americanas afundaram cerca de 20 lanchas rápidas, resultando na morte de mais de 80 pessoas. A 29 de novembro, o presidente Donald Trump ordenou o encerramento do espaço aéreo venezuelano, uma medida que alimentou a especulação sobre possíveis ataques iminentes.
Na passada terça-feira, Trump afirmou que Washington "em breve iniciaria operações terrestres" para combater o narcotráfico originário da Venezuela, sem especificar pormenores.
Em resposta, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou o envio em massa de forças armadas para todo o país, em resposta ao que chama de ameaças diretas dos Estados Unidos.