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Região do Sahel regista níveis recorde de violência terrorista em 2024
A região do Sahel Africano continua a ser um grande foco de conflitos terroristas pelo segundo ano consecutivo. De acordo com os dados mais recentes do Índice Global de Terrorismo (GTI) de 2024, a região registou uma intensificação da violência, registando mais de metade das mortes globais relacionadas com ataques terroristas.
O relatório publicado pelo Instituto de Economia e Paz revela que 3.885 pessoas perderam a vida em ataques terroristas na região do Sahel, o que representa 51% do total global de 7.555 vítimas em 2024. Este número coloca a região no centro das zonas mais afetadas pelo extremismo violento, com cinco dos dez países mais afetados pelo terrorismo localizados nesta zona já volátil.
Países como o Burkina Faso, o Mali e o Níger continuam a ser dos mais afectados pelo terrorismo, sendo o Burkina Faso o país mais afectado. Embora o Mali tenha registado uma ligeira redução de vítimas em comparação com o ano anterior, o Níger registou um aumento dramático de 94% de mortes relacionadas com o terrorismo.
Os ataques na região são amplamente atribuídos a dois grandes grupos jihadistas: o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM) e o Estado Islâmico no Grande Saara (ISGS). Estes grupos continuam os seus ataques contra civis e forças de segurança, agravando a complexidade da situação de segurança no Sahel.
O relatório destaca ainda as convulsões políticas nos países do Sahel, onde os regimes militares tomaram o poder após golpes entre 2020 e 2023. Estas novas autoridades decidiram retirar-se da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para se juntarem à Aliança dos Estados do Sahel (AEE), marcando uma mudança geopolítica significativa, afastando-se dos seus antigos aliados tradicionais, como a França, em direção à Rússia e à China.
Apesar dos esforços contínuos das grandes potências para combater o terrorismo na região, a segurança regional continua sob séria ameaça, levantando questões sobre a capacidade dos países do Sahel de restaurar a estabilidade face a estes desafios crescentes.
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