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Partido Komeito abandona coligação governamental japonesa, minando nova líder do PLD
O Japão vive um momento de turbulência política após o anúncio, na sexta-feira, de que o partido centrista Komeito está a retirar-se da coligação governamental, pondo fim a uma aliança de longa data com o Partido Liberal Democrático (PLD). Esta decisão surge num momento crítico para a nova líder do PLD, Sanae Takaichi, que é apontada como a primeira mulher a tornar-se primeira-ministra do país.
"Acreditamos que é tempo de regressar ao ponto de partida e terminar a nossa parceria", disse Tetsuo Saito, líder do Komeito, numa conferência de imprensa em Tóquio. De acordo com vários órgãos de comunicação japoneses, esta divisão decorre sobretudo de profundas divergências em torno do escândalo da "caixa dois", que manchou a imagem do PLD nos últimos meses. O Komeito culpa alegadamente a Sra. Takaichi por não ter fornecido respostas satisfatórias aos seus aliados sobre este caso obscuro de financiamento político.
Eleita no passado sábado como líder do PLD para suceder a Shigeru Ishiba, que se demitiu, Sanae Takaichi enfrenta agora um grande desafio político. A sua nomeação como primeira-ministra, prevista para o final de Outubro, poderá ser objecto de negociações complexas, uma vez que o PLD e o Komeito perderam as suas maiorias em ambas as câmaras do Parlamento no último ano.
Esta cisão marca uma viragem histórica na política japonesa recente. A aliança entre o PLD e o Komeito, formada em 1999, tinha proporcionado ao país uma rara estabilidade governativa num cenário político frequentemente fragmentado. A sua rutura inaugura agora um período de incerteza, uma vez que o Japão enfrenta grandes desafios económicos e diplomáticos, incluindo a gestão da dívida, o envelhecimento da população e as tensões regionais na região da Ásia-Pacífico.