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ONU alerta para situação de segurança e saúde no Sudão
As Nações Unidas voltaram a dar o alarme sobre a situação de segurança e saúde no Sudão, onde centenas de milhares de civis continuam a sofrer com a violência desencadeada por um conflito armado que dura há mais de dois anos.
Na cidade sitiada de El Fasher, no sudoeste do país, "60 pessoas morreram de subnutrição em apenas uma semana", disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, na segunda-feira, citando o Diretor de Operações do OCHA, Edem Wosornu.
A fome, que foi detectada pela primeira vez no campo de deslocados de Zamzam, no estado do Darfur do Norte (oeste), há cerca de um ano, "deverá alastrar a outras regiões", alertou Dujarric.
A ONU está também "profundamente preocupada" com a violência que assola a região central do Kordofan do Norte, onde "80 civis foram mortos e dezenas ficaram feridos" em ataques na semana passada.
Neste sentido, a ONU reiterou o seu apelo a "todas as partes" para que respeitem as suas obrigações perante o direito internacional e o direito internacional humanitário.
Na área da saúde, a ONU intensificou a sua resposta à epidemia de cólera no Sudão, onde "foram registados quase 100 mil casos desde julho de 2024", disse o porta-voz.
A organização internacional, apoiada pela Organização Mundial de Saúde, lançou no domingo uma campanha de vacinação no estado de Cartum, no centro-leste do país, abrangendo quase 1,1 milhões de pessoas.
No estado do Darfur do Norte, observou o porta-voz da ONU, foram registados mais de 5.300 casos de cólera e foram registadas 84 mortes desde 21 de Junho.