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CEO da Google alerta: rebentamento da bolha da IA pode afetar todos
Sundar Pichai, CEO da Google e da Alphabet, alertou para os crescentes riscos de um possível rebentar da "bolha da inteligência artificial", afirmando que nenhuma empresa, incluindo a Google, estaria totalmente imune às consequências de tal cenário.
Em entrevista à BBC, Pichai descreveu o aumento massivo dos investimentos no setor da IA como um "momento excecional", ao mesmo tempo que observou "elementos de irracionalidade" no comportamento do mercado. Acredita que o aumento meteórico dos gastos pode levar a excessos semelhantes aos verificados durante a bolha da internet no final da década de 1990.
O executivo realçou que os modelos de inteligência artificial "continuam propensos a erros" e não devem ser vistos como ferramentas infalíveis. Salientou a importância de um ecossistema de informação diversificado, defendendo que seria perigoso "depender exclusivamente" da IA para obter respostas ou interpretar factos.
Pichai salientou que os utilizadores devem aprender a usar a IA para o que ela faz melhor, principalmente em tarefas criativas, mas sem depositar fé cega nela. "É preciso saber onde estas ferramentas se destacam e onde mostram as suas limitações", explicou.
Questionado sobre a capacidade da Google em resistir a uma possível crise no setor, o CEO admitiu que, apesar da força da gigante tecnológica, nenhuma empresa está imune às repercussões de um colapso no mercado da IA. "Talvez consigamos absorver parte do impacto, mas seríamos afetados como todos os outros", reconheceu.
Estas declarações surgem no meio de crescentes preocupações nos Estados Unidos sobre as elevadíssimas avaliações de empresas especializadas em inteligência artificial. Vários analistas e investidores temem um cenário semelhante ao da bolha da internet, quando o rápido aumento dos investimentos entre 1995 e 2000 foi seguido por um forte colapso do mercado em 2001.
