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Marrocos impulsiona a sua indústria naval para um crescimento sustentável

Marrocos impulsiona a sua indústria naval para um crescimento sustentável
Sábado 10 - 09:13
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O desenvolvimento da indústria naval é agora uma alavanca estratégica para o crescimento económico e a soberania industrial de Marrocos, sublinharam as autoridades dos sectores naval e marítimo na sexta-feira em El Jadida.

Participando no workshop "Comércio" organizado no âmbito da 8ª edição do Fórum do Mar, o Diretor das Indústrias Aeronáutica, Ferroviária, Naval e de Energias Renováveis ​​​​do Ministério da Indústria e Comércio, Afaf Saidi, destacou a importância dada pelo Reino à estruturação e ao crescimento do setor naval.

"Marrocos tem uma base industrial já estabelecida, uma expertise reconhecida e um ecossistema organizado, principalmente através da certificação de um cluster naval que reúne fabricantes, organizações de formação e centros de investigação", disse ela.

O setor naval, especificou, estabelecido como setor estratégico pela Carta de Investimentos, é objeto de um ambicioso plano diretor para 2030, que visa mobilizar mais de 4,5 mil milhões de dirhams (MMDH) de investimento (público e privado), a criação de 5.500 a 8.000 empregos diretos, bem como um produto interno bruto (PIB) adicional de mais de 1,5 MMDH.

Este plano assenta em quatro grandes eixos: reparação e manutenção naval, construção de embarcações com menos de 120 metros, desenvolvimento de plataformas offshore e renovação da frota nacional, atualmente composta por 90% de embarcações de madeira, disse a Sra. Saidi.

Por sua vez, o diretor central e comandante do porto de Tânger Med, Kamal Lakhmas, destacou o contributo do complexo portuário de Tânger Med para a competitividade logística de Marrocos e a sua conectividade marítima internacional.

Salientou que Tânger Med é hoje um ponto de passagem estratégico para cerca de 20% do comércio marítimo global, com mais de 100.000 navios a transitar pelo Estreito de Gibraltar todos os anos.

O Sr. Lakhmas recordou ainda os esforços feitos em termos de transição energética e redução da pegada de carbono, como parte de uma abordagem ecologicamente responsável que visa combinar o desempenho logístico e a sustentabilidade, referindo que mais de 1.400 empresas se instalaram nas zonas industriais integradas em redor do porto, gerando mais de 140.000 empregos diretos.

Por sua vez, a Diretora de Desenvolvimento do Porto Atlântico de Dakhla, Nisrine Iouzzi, destacou o alcance estratégico deste projeto estruturante no âmbito da Iniciativa Atlântica lançada por Sua Majestade o Rei Mohammed VI, afirmando que esta Iniciativa constitui um modelo de cooperação regional baseado na solidariedade, integração e prosperidade partilhada.

Além disso, a Sra. Iouzzi, que falou por videoconferência, enfatizou o papel central da infraestrutura portuária no reforço da competitividade dos operadores económicos e na facilitação do comércio.

Organizado até 11 de maio, subordinado ao tema "O Mar, Futuro da Terra", este Fórum pretende ser um espaço de intercâmbio, reflexão e ação, reunindo especialistas, investigadores, artistas, bem como representantes de instituições, ONG e empresas em torno dos grandes desafios ambientais e marítimos.

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