- 14:42Apple regista lucro recorde apesar das vendas decepcionantes do iPhone
- 14:05Trump alerta os BRICS contra o abandono do dólar e ameaça com tarifas a 100%
- 13:35Marrocos e Iémen: Reforço da cooperação bilateral
- 13:00OpenAI em negociações para recolha recorde de 40 mil milhões de dólares
- 12:45Marrocos importará 35.000 toneladas de amêndoas americanas no valor de 174,5 milhões de dólares em 2024
- 12:20Marco Rubio visita a América Central para promover a política "America First"
- 11:58Trump nomeia diretor interino após trágico acidente de avião perto de Washington
- 11:32Ciments du Maroc e TIBO Africa lançam programa educativo através do desporto
- 11:05Marrocos e a União Africana: Conquistas e Iniciativas Eficazes desde 2017
Siga-nos no Facebook
Marco Rubio visita a América Central para promover a política "America First"
O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, está a embarcar numa viagem por cinco países da América Central para promover ativamente a política "América em Primeiro Lugar" do Presidente Donald Trump. Ao contrário da tradição, onde o Secretário de Estado faz a sua primeira visita oficial aos principais aliados, Rubio optou por começar pela região da América Central. A excursão começa no Panamá, num contexto marcado pelas discussões sobre o controlo do Canal do Panamá, um assunto sensível para Washington.
O objetivo desta visita não é trivial. Desde que assumiu o cargo, Trump lançou um ambicioso programa para deportar imigrantes que entraram ilegalmente nos Estados Unidos, e vários destes países da América Central, incluindo El Salvador, Guatemala, Honduras e República Dominicana, são importantes pontos de partida para os migrantes que procuram o "Sonho americano."
Rubio, o primeiro secretário de Estado de ascendência latino-americana, fala fluentemente espanhol e escolheu o Panamá como primeira paragem devido às preocupações de Trump sobre a crescente influência da China na região. Rubio deverá depois viajar para El Salvador, Guatemala, Costa Rica e República Dominicana, onde os governos locais foram notificados sobre a imigração ilegal após uma crise recente com a Colômbia.
Em entrevista à SiriusXM, Rubio enfatizou que procura fortalecer as parcerias dos EUA na América Central, dizendo que isso serviria os interesses tanto dos Estados Unidos como destas nações. Acrescentou que uma América mais segura também beneficiaria a região, particularmente no que diz respeito aos interesses estratégicos relacionados com o Canal do Panamá.
Os especialistas observam que a política de Trump nas relações internacionais, que utiliza a pressão económica e diplomática para atingir os seus objetivos, faz lembrar a "diplomacia do bastão" utilizada no início do século XX. Esta abordagem gerou tensões, principalmente com a Colômbia, onde o Presidente Gustavo Petro rejeitou a chegada de aviões militares dos EUA que transportavam migrantes colombianos deportados.
Durante a sua digressão, Rubio deverá também defender os governos conservadores da região. Falará em privado em apoio do presidente salvadorenho Nayib Bukele, que é elogiado pela sua luta contra o crime organizado e o tráfico de droga, mas criticado pelos defensores dos direitos humanos. Rubio também apoiará o presidente da República Dominicana, Luis Abinader, que partilha políticas de imigração semelhantes às de Trump e propõe a construção de um muro na fronteira para conter a imigração do Haiti.
Por fim, na Guatemala, Rubio vai encontrar-se com o Presidente Bernardo Arévalo, que surpreendeu em 2023 ao vencer as eleições com uma plataforma anticorrupção. Apesar da sua agenda anticorrupção, Arévalo tentou também obter o apoio de Trump, aceitando inclusive migrantes regressados dos Estados Unidos.
Esta visita de Marco Rubio marca um passo importante na política dos EUA em relação à América Central, com uma forte dimensão de segurança e migração, destacando a abordagem pragmática da administração Trump em relação aos países desta região.
Comentários (0)