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Logan Paul acusado de enganar fãs sobre investimentos em criptografia

Logan Paul acusado de enganar fãs sobre investimentos em criptografia
Ontem 09:42
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Logan Paul, a popular personalidade das redes sociais e influenciador do YouTube, está a enfrentar um escrutínio cada vez maior sobre o seu envolvimento na promoção das criptomoedas. Novas provas sugerem que Paul pode ter enganado os seus vastos seguidores ao não divulgar os seus interesses financeiros em certos investimentos em criptografia. Isto levantou preocupações sobre se ele lucrou com a ascensão e queda de vários tokens digitais, potencialmente à custa dos seus fãs.

Com mais de 23 milhões de subscritores no seu canal de YouTube, a influência de Paul no mundo online é inegável. No entanto, descobertas recentes indicam que o seu endosso a vários projetos de criptomoedas poderia ter aumentado os preços destes tokens, beneficiando-o financeiramente e deixando o seu público com perdas significativas. Um dos casos mais notáveis ​​envolve a promoção de uma criptomoeda conhecida como Elongate, inspirada numa piada na internet envolvendo Elon Musk. Paul publicou um vídeo alegando que o Elongate o tornou rico, fazendo com que o valor da moeda disparasse mais de 6.000%. O preço caiu rapidamente após o aumento inicial, levantando questões sobre as intenções de Paul por trás da promoção do token.

As investigações sobre as atividades criptográficas de Paul revelaram uma carteira anónima, que parecia estar ligada à sua carteira pública. Esta carteira foi negociada antes do endosso público de Paul, resultando num lucro de 120.000 dólares logo após ele ter tweetado sobre outra moeda. As transações sugerem que Paul pode ter promovido estrategicamente certas criptomoedas após as ter comprado a um preço mais baixo, capitalizando assim o aumento da procura impulsionada pelos seus seguidores.

O envolvimento de Paul com as moedas meme – criptomoedas normalmente criadas como piadas sem valor no mundo real – alimentou ainda mais a controvérsia. Além do Elongate, Paul endossou outra moeda meme chamada Dink Doink, que prometia aos compradores uma participação numa personagem de banda desenhada. A sua promoção levou a um grande aumento do preço da moeda, apenas para que esta despencasse 96% depois de os grandes detentores terem vendido as suas ações. Tal como aconteceu com o Elongate, uma carteira anónima ligada a Paul comprou e vendeu tokens Dink Doink antes e depois da sua promoção, levantando novas suspeitas.

Apesar das repetidas tentativas dos jornalistas para entrevistar Paul sobre estas alegações, este tem sido evasivo. A sua equipa concordou inicialmente com uma entrevista, mas quando o repórter chegou a Porto Rico – onde Paul vive – apareceu um sósia. Este encontro bizarro, seguido por uma multidão a gritar insultos aos jornalistas, deixou muitos a questionar a resposta de Paul às acusações.

A controvérsia em torno de Paul faz parte de um padrão mais amplo de envolvimento de celebridades no espaço das criptomoedas. Outras figuras de destaque, como Kim Kardashian, enfrentaram repercussões legais por promoverem tokens sem divulgarem as suas participações financeiras. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) enfatizou que os influenciadores devem ser transparentes sobre quaisquer pagamentos ou lucros recebidos de promoções de criptomoedas, mas muitas celebridades não cumpriram estes regulamentos.

À medida que a investigação sobre as transações criptográficas de Logan Paul continua, surgem questões importantes sobre as responsabilidades dos influenciadores na era digital. Deverão os indivíduos com muitos seguidores online ser responsabilizados pelos potenciais danos financeiros causados ​​pelas suas promoções? Por enquanto, tanto os críticos como os fãs de Paul aguardam novos desenvolvimentos num caso que poderá moldar a forma como as personalidades das redes sociais abordam a criptomoeda no futuro.


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