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FMI cita Marrocos como exemplo de reforma fiscal na Arábia Saudita
O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou o seu relatório anual sobre a Arábia Saudita no início de Agosto, no âmbito das suas consultas do Artigo IV. Este documento examina as perspectivas económicas do reino e faz uma série de recomendações, especialmente em relação à tributação. Marrocos é incluído como referência preferencial para estimar o rendimento potencial de um imposto sobre o património recorrente.
O relatório, datado de julho, mas divulgado no início de agosto, elogia a "forte resiliência" da economia saudita, assinalando um aumento de 4,5% no produto interno bruto não petrolífero em 2024, uma inflação contida e uma queda acentuada da taxa de desemprego entre os cidadãos sauditas.
Um quadro fiscal que necessita de reforma
Após estas observações, a equipa do FMI encoraja Riade a aprofundar os seus esforços para mobilizar os recursos domésticos. O documento descreve várias vias, como a eliminação das isenções de IVA na compra de imóveis e transações imobiliárias, a introdução do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, a reforma do imposto sobre as empresas, a revisão do regime de isenção em zonas económicas especiais e a utilização generalizada de faturas eletrónicas e auditorias baseadas em análises de risco.
A introdução de um imposto imobiliário recorrente está no topo da lista de recomendações. A equipa do FMI estima o seu rendimento potencial em 1,0 a 1,4% do PIB. Neste sentido, o relatório sublinha: "Marrocos arrecada 0,95% do seu PIB com este imposto — um nível próximo da média europeia — o que poderá constituir uma referência razoável para a Arábia Saudita."
Marrocos como modelo implícito
Este não é um ponto isolado. O documento refere que "o potencial de receitas da tributação imobiliária é substancial, embora os resultados observados variem significativamente de um país para outro". Nesta perspectiva, o caso de Marrocos é apresentado como uma ilustração quantitativa do que um país da região é capaz de mobilizar nesta área.
Outras propostas detalhadas incluem: revisão das isenções de IVA, criação de impostos especiais de consumo direcionados para bens de luxo e produtos nocivos para o ambiente, aceleração da reforma dos subsídios energéticos (estimados em 3,5% do PIB) e reavaliação de projetos de investimento com baixo retorno económico a longo prazo.
No total, o FMI estima que as medidas fiscais e orçamentais sugeridas poderão gerar receitas equivalentes a 6,6% a 8,5% do PIB (ou 8,7% a 11,3% do PIB não relacionado com hidrocarbonetos), contribuindo para "estabelecer uma estratégia fiável e sustentável para a recuperação das finanças públicas".
Marrocos, mencionado como exemplo sem ser objecto de comparação estrutural, é citado num documento de referência como um Estado que estabeleceu com sucesso um sistema de imposto sobre o património que gera receitas mensuráveis e estáveis.