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Falha na CME afeta futuros cambiais, commodities e ações
Uma falha na maior operadora de bolsas do mundo, o CME Group, interrompeu as negociações na sua popular plataforma de câmbio e em futuros que abrangem câmbio, commodities, títulos do Tesouro e ações, congelando alguns índices de referência à medida que as corretoras retiravam os seus produtos.
O problema foi uma falha de arrefecimento nos centros de dados da CyrusOne, disse a CME em comunicado, acrescentando que estava a trabalhar para o resolver a "curto prazo", mas sem fornecer mais detalhes.
A CyrusOne, com sede em Dallas e que opera mais de 55 centros de dados nos EUA, Europa e Japão, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
A CME é a maior operadora de bolsas do mundo em termos de valor de mercado e afirma oferecer a mais vasta gama de produtos de referência, abrangendo taxas de juro, ações, metais, energia, criptomoedas e agricultura. A empresa publicou a primeira notificação sobre as interrupções às 02h40 GMT no seu site.
A CME é a maior operadora de bolsas do mundo em termos de valor de mercado e afirma oferecer a mais vasta gama de produtos de referência, abrangendo taxas de juro, ações, metais, energia, criptomoedas e agricultura. Publicou a primeira notificação sobre as interrupções às 02h40 GMT no seu site.
Os preços futuros do crude West Texas Intermediate, dos títulos do Tesouro norte-americano a 10 anos, do S&P 500, do Nasdaq 100, do Nikkei, do óleo de palma e do ouro estavam entre os que não foram atualizados até às 7h20 GMT de sexta-feira, de acordo com a LSEG Data.
Os preços também não foram atualizados na plataforma cambial da EBS, que negociou uma média de quase 60 mil milhões de dólares por dia em outubro, em pares importantes como o euro/dólar e o dólar/iene.
Embora os operadores de câmbio à vista tenham conseguido encontrar outras plataformas para executar negócios com mais facilidade, as interrupções deixaram as corretoras sem informação e muitas relutantes em negociar contratos sem preços em tempo real.
"É um saco, para ser honesto", disse Christopher Forbes, responsável da CMC Markets para a Ásia e Médio Oriente, que afirmou nunca ter visto uma disrupção tão generalizada nas bolsas em 20 anos.
A CMC tinha suspendido as negociações em vários contratos de commodities e, noutros produtos, tinha alterado a sua fonte de dados ou estava a utilizar os seus próprios dados e cálculos internos para a fixação de preços de clientes e até de outras corretoras.
"Estamos a correr um risco desnecessário para continuar a precificar", disse Forbes. "Penso que o mercado não vai gostar disto; acredito que haverá uma certa volatilidade na abertura."
Os contratos de futuros são um pilar dos mercados financeiros e são utilizados por corretoras, especuladores e empresas que pretendem proteger ou manter posições numa vasta gama de ativos subjacentes.
O volume médio diário de derivados foi de 26,3 milhões de contratos em outubro, segundo a CME.
A interrupção na CME na sexta-feira ocorre mais de uma década depois de a operadora ter tido de suspender as negociações eletrónicas de alguns contratos agrícolas em abril de 2014 devido a problemas técnicos, que na altura obrigaram os operadores a regressar ao concurso físico.
Mais recentemente, em 2024, as interrupções na LSEG e na operadora da bolsa suíça interromperam brevemente os mercados.
"O dia foi muito calmo aqui na Ásia depois do feriado de Ação de Graças, e isso não ajudou em nada, especialmente tendo em conta o interesse em realizar transações no final de um mês tão volátil", disse Tony Sycamore, analista de mercado da IG.
Com os mercados dos EUA encerrados devido ao feriado de Ação de Graças na quinta-feira e com previsão de abertura em sessão curta na sexta-feira, esperava-se que os volumes de negociação fossem baixos.
