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Estudo: Exposição global a incêndios florestais aumentou 40% em vinte anos

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Estudo: Exposição global a incêndios florestais aumentou 40% em vinte anos
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Um aumento de 54% nas condições meteorológicas extremas propícias a incêndios florestais foi registado nos últimos anos, de acordo com este estudo.

De acordo com um estudo publicado na quinta-feira na revista científica norte-americana Science, a exposição da população global aos incêndios florestais aumentou 40% em 20 anos. No total, entre 2002 e 2021, os incêndios florestais ameaçaram 440 milhões de pessoas em todo o mundo.

"Mostrámos que a dinâmica demográfica é responsável por 25%" destas exposições humanas a incêndios florestais, explica o estudo. "Embora os desastres causados ​​pelos incêndios florestais na América do Norte, Europa e Oceânia tenham recebido a maior atenção, 85% das exposições globais ocorreram em África", salientam os investigadores.

Nos últimos anos, os incêndios florestais têm afectado os sistemas sociais e ambientais em diversas regiões. As alterações climáticas têm desempenhado um papel importante, com um aumento do número de dias "propícios a comportamentos extremos de incêndio" e um "aumento de 54% de condições meteorológicas extremas propícias a incêndios". De referir que 1,53 milhões de mortes por ano em todo o mundo "são atribuíveis à poluição do ar provocada por incêndios em paisagens", prossegue o estudo.

As atividades humanas não devem ser subestimadas no aumento destes incêndios, uma vez que "os incêndios humanos, tanto intencionais como acidentais, são responsáveis ​​por 84% de todos os incêndios florestais nos Estados Unidos". Na Europa Mediterrânica, a percentagem sobe para mais de 90%.

Embora a população directamente exposta a estes incêndios tenha aumentado 40% em 20 anos, o estudo reporta uma redução de 26% na área ardida, em parte graças a um melhor controlo destes eventos.



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