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Economia sul-africana à beira do colapso, alerta Moody's

Quarta-feira 17 - 16:00
Economia sul-africana à beira do colapso, alerta Moody's

A agência de notação de risco Moody's alertou para a preocupante situação económica da África do Sul, alertando que o país pode entrar numa "espiral descendente" devido à combinação de taxas de juro elevadas, crescimento económico lento e dívida pública cada vez mais insustentável.

Num relatório recentemente publicado, a Moody’s observou que o serviço da dívida da África do Sul está a atingir os 1,2 mil milhões de dólares por dia, um fardo particularmente pesado para um país que enfrenta restrições económicas e fiscais estruturais. A agência afirma que, sem uma intervenção imediata, esta dinâmica pode agravar a vulnerabilidade financeira do país e minar ainda mais a confiança dos investidores.

Apesar do início de um ciclo de cortes nas taxas de juro por parte do Banco da Reserva da África do Sul, com uma redução acumulada de 125 pontos base, as taxas continuam entre as mais elevadas do mundo em desenvolvimento, apenas atrás do Brasil e do México. Segundo a governadora do banco central, Lesetja Kganyago, esta situação explica-se por um "prémio de risco" muito elevado, reflexo de uma década de má gestão das finanças públicas.

Desde 2008, data do último excedente orçamental registado, a dívida pública da África do Sul tem crescido de forma constante, atingindo níveis considerados críticos. Os juros da dívida estão a absorver uma parcela crescente do orçamento nacional, em detrimento do investimento produtivo.

A Moody's não é a única agência a manifestar preocupação. A Fitch Ratings manifestou recentemente dúvidas sobre a capacidade do governo para estabilizar a dívida pública. Estima-se que atinja 78,5% do PIB em 2025, 79% em 2026 e atinja um pico de 79,6% em 2027, perigosamente perto do limite de 80%, frequentemente considerado um indicador de elevado stress financeiro para os países emergentes.

Neste contexto, as perspectivas económicas do país são sombrias. A falta de investimento, combinada com um crescimento fraco e um ambiente fiscal rígido, está a comprometer as hipóteses de uma recuperação sustentável. Os analistas concordam que são necessárias reformas estruturais urgentes para evitar uma grande crise financeira.



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