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Dinâmica diplomática: negociações entre EUA e Argélia evitam a questão do Saara
Num notável encontro diplomático, a Embaixadora dos EUA na Argélia, Elizabeth Moore Aubin, reuniu-se ontem com o Ministro dos Negócios Estrangeiros argelino, Ahmed Attaf, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Argel. As discussões de alto nível cobriram uma série de temas, incluindo a cooperação bilateral, os desenvolvimentos internacionais e regionais e o conflito em curso em Gaza. No entanto, nas declarações oficiais estava visivelmente ausente qualquer menção à disputa do Sahara, um tema que tem sido uma pedra basilar da política externa argelina.
Mudança no panorama diplomático
A omissão do Saara nas negociações ocorre num momento de evolução da dinâmica geopolítica na região. No mês passado, o Embaixador Aubin reafirmou o apoio dos Estados Unidos à soberania marroquina sobre o Sahara, descrevendo-o como um "facto histórico" numa entrevista ao La Patrie News. Esta postura está em linha com a proclamação de 2020 do ex-presidente Donald Trump, que a administração Biden manteve.
Apesar do potencial de tensão dado o apoio de longa data da Argélia à Frente Polisario, um grupo separatista que defende a independência no Sahara – o encontro entre Aubin e Attaf foi caracterizado como “maravilhoso” pelo diplomata norte-americano. O Embaixador Aubin destacou as discussões sobre "a cooperação EUA-Argélia na ONU, o nosso trabalho mútuo para a segurança e estabilidade regional e o reforço dos laços económicos em diversos domínios, como a agricultura e a educação".
Respostas diplomáticas contrastantes
A abordagem da Argélia à questão do Saara revelou contrastes intrigantes nos recentes compromissos diplomáticos. Embora tenha dado as boas-vindas ao embaixador dos EUA, apesar da sua posição pró-Marroquina, a Argélia convocou recentemente o embaixador francês após o reconhecimento pela França da soberania marroquina sobre o Saara. Esta discrepância de tratamento levou alguns observadores a questionar a coerência da estratégia diplomática da Argélia.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros Attaf aproveitou a reunião para reiterar o compromisso da Argélia em apoiar os esforços para um "cessar-fogo imediato, permanente e sustentável na Faixa de Gaza" e em contribuir para resoluções pacíficas de várias crises regionais. No entanto, a falta de comentários públicos sobre o Sahara; um tema sobre o qual a Argélia tem tradicionalmente falado; levantou sobrancelhas entre os círculos diplomáticos.
Implicações Regionais
O aparente desvio da questão do Saara nas conversações entre os EUA e a Argélia pode assinalar uma mudança subtil na dinâmica regional. À medida que o Plano de Autonomia de Marrocos ganha força a nível internacional, as manobras diplomáticas da Argélia sugerem um complexo acto de equilíbrio. O país parece estar a navegar entre o seu apoio histórico à Frente Polisário e as realidades pragmáticas do envolvimento com potências globais que favorecem cada vez mais a posição de Marrocos.
À medida que o panorama geopolítico continua a evoluir, os resultados destes compromissos diplomáticos de alto nível desempenharão provavelmente um papel crucial na definição do futuro da política do Norte de África e na resolução de disputas regionais de longa data.
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