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Dia Mundial da Propriedade Intelectual: IA: Desafios e Oportunidades
Marrocos, assim como outros países do mundo, celebra o Dia Mundial da Propriedade Intelectual a 26 de abril, uma oportunidade especial para destacar a importância da criatividade e da inovação no desenvolvimento económico e social.
Num contexto marcado pelo rápido crescimento das tecnologias de inteligência artificial, a proteção dos direitos dos criadores assume uma dimensão ainda mais crucial. Embora os avanços tecnológicos incentivem o surgimento de novas obras e ideias, também representam desafios complexos, especialmente no combate ao plágio e à falsificação.
A inteligência artificial, com as suas capacidades excecionais de geração de conteúdos, é frequentemente utilizada para fins que desafiam os princípios da originalidade e da integridade intelectual. Por exemplo, as obras musicais ou literárias protegidas por direitos de autor podem ser reproduzidas, modificadas ou incorporadas em obras derivadas, ameaçando os direitos materiais e morais dos criadores.
A música, como indústria por si só, ilustra na perfeição estas questões. As tecnologias modernas permitem agora reproduzir obras musicais na íntegra, sejam melodias, arranjos ou produções finais. É neste contexto que a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) escolheu o tema "Propriedade Intelectual e Música" para celebrar este dia mundial em 2025.
De acordo com o diretor do Escritório Marroquino de Direitos de Autor (BMDA), Dalal Mhamdi Alaoui, os rápidos avanços nas tecnologias de inteligência artificial estão a complicar a definição de direitos de autor para obras criadas com estas ferramentas, sejam textos, música ou outras produções.
Salienta que o BMDA enfrenta vários desafios, entre eles a proliferação de plataformas de pirataria digital e a dificuldade de monitorizar a exploração de obras protegidas na internet. "É crucial sensibilizar os artistas e o público para o valor dos direitos de autor. Alguns criadores desconhecem por vezes as medidas necessárias para proteger as suas obras. Temos um importante papel educativo a desempenhar através de campanhas regulares de sensibilização", afirma a Sra. Mhamdi Alaoui.
Por sua vez, Amine Tazi, profissional de produção audiovisual, destaca os esforços desenvolvidos para informar os criadores sobre formas de proteger as suas obras. "Frequentemente realizamos seminários e oferecemos aconselhamento jurídico para ajudar os artistas a compreender melhor os seus direitos e obrigações", disse.
Lembra que o quadro jurídico marroquino, sustentado por convenções internacionais como a Convenção de Berna e o Acordo sobre os Aspetos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio (TRIPS), oferece garantias sólidas para proteger as criações dos autores e compositores marroquinos, mesmo além-fronteiras.
Internacionalmente, Marrocos afirmou-se como um modelo em matéria de protecção da propriedade intelectual. De acordo com o último relatório Índice Internacional de Propriedade Intelectual 2025, publicado pelo Centro Global de Política de Inovação da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, o Reino Unido ocupa a 22ª posição entre 55 economias avaliadas, com uma pontuação global de 59,21%.
Este ranking coloca Marrocos no topo dos países africanos e árabes, ultrapassando largamente a média regional de 41,82% de África e do Médio Oriente. Esta posição reflecte o progresso significativo do país no desenvolvimento de leis e quadros regulamentares adaptados aos desafios contemporâneos.
O desempenho de Marrocos em matéria de propriedade intelectual, impulsionado por um forte desejo de promover a inovação e proteger os direitos dos criadores, oferece uma estrutura promissora para enfrentar os desafios impostos pela inteligência artificial. Ao alavancar os seus pontos fortes, particularmente para impulsionar os sectores criativos, o Reino continua a posicionar-se como um actor de liderança no panorama mundial.
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