-
16:42
-
16:27
-
15:39
-
14:49
-
14:09
-
13:26
-
12:39
-
12:00
-
11:48
-
11:00
-
10:44
-
10:15
-
10:00
-
09:35
-
09:34
-
08:56
-
08:15
Siga-nos no Facebook
Conselho de Segurança confirma autonomia marroquina, Argel afunda-se nas suas ilusões
Nos corredores silenciosos das Nações Unidas, um sopro de mudança paira sobre a questão do Saara marroquino. Na quinta-feira, 30 de outubro de 2025, das 10h05 (Nova Iorque) às 15h05 (Rabat), o Conselho de Segurança prepara-se para votar o projeto de resolução dos EUA que pode marcar uma importante reviravolta diplomática neste conflito artificial.
Escrito por Washington, o texto prolonga o mandato da MINURSO até 31 de janeiro de 2026 e, sobretudo, reconhece pela primeira vez que a iniciativa de autonomia marroquina constitui "a base mais séria e realista" para uma solução duradoura. Na linguagem da ONU, este é um selo de legitimidade; o mundo fecha definitivamente o parêntesis do "referendo" e estabelece a soberania marroquina como o único horizonte para um acordo.
Perante este desenvolvimento, o regime argelino parece mais desamparado do que nunca. Depois de gastar milhares de milhões de dólares em gás numa cruzada diplomática sem esperança, está a descobrir que matou o seu povo à fome para perpetuar um mito.
Por detrás dos discursos beligerantes e da retórica vazia da "solidariedade revolucionária", Argel colheu apenas uma coisa: isolamento. Enquanto os cidadãos argelinos sofrem com a escassez, a inflação e o desemprego, o seu governo continua a financiar, com prejuízo, uma causa já condenada pela realidade.
Marrocos, por sua vez, está a avançar. A sua paciente e metódica diplomacia transformou uma agenda hostil numa alavanca de credibilidade internacional. Capitais influentes — Washington, Paris, Londres e Abu Dhabi — saúdam agora a coerência de um modelo baseado na estabilidade, no desenvolvimento e na cooperação regional. A iniciativa marroquina já não é uma "proposta"; é agora a única matriz de soluções reconhecida no panorama internacional.
Quanto à Frente Polisário, não passa de uma sombra do que era antes, uma relíquia da Guerra Fria disfarçada de movimento de libertação, vista agora apenas como um grupo armado que viola o cessar-fogo e bombardeia zonas civis em Smara e Mahbès, segundo o relatório do Secretário-Geral da ONU. A "causa" tornou-se um pretexto, a "revolução", um lucro político.
Nos corredores do Conselho de Segurança, já ninguém fala em "referendo". Até o vocabulário mudou; trata-se agora de "negociações pragmáticas" no âmbito da autonomia marroquina. A Argélia, outrora vocal, silenciou. O seu aparelho mediático, por outro lado, ataca a França e os Emirados Árabes Unidos, acusando-os de apoiarem a resolução americana. Ironicamente, um regime que exporte o seu gás para a Europa é incapaz de exportar uma única ideia viável para Nova Iorque.
Se o texto for aprovado sem veto, constituirá um sinal verde internacional para Marrocos, que poderá prosseguir legitimamente a consolidação do seu desenvolvimento nas províncias do sul, em termos de infraestruturas, investimento e governação. Por outro lado, a dupla Argel-Polisário afundará na irrelevância diplomática.
O mundo mudou. Os slogans vazios já não alimentam ninguém, as ideologias rígidas já não enganam os chanceleres. Esta era pertence àqueles que constroem, não àqueles que se repetem. Marrocos constrói, enquanto a Argélia se repete. E nessa repetição, ouvimos o baque surdo de um regime que se esgota, sozinho, no deserto das suas ilusões.