- 17:18Elon Musk responde a alegações de ‘saudação nazi’ na tomada de posse
- 17:00A Europa precisa de estar armada para "sobreviver", diz o Primeiro-Ministro polaco à União Europeia
- 16:23Marrocos, uma referência para a União Europeia no domínio da gestão das migrações e da luta contra o terrorismo
- 16:04Laranjas marroquinas conquistam mercados dos EUA com novo recorde de 20.000 toneladas
- 15:18Marrocos investe 96 mil milhões de dirhams para modernizar a sua infraestrutura ferroviária até 2030
- 14:41Hospital Amadora-Sintra. Assédio laboral leva à demissão de 10 cirurgiões
- 13:55Trump lança iniciativa de 500 mil milhões de dólares para desenvolvimento de inteligência artificial
- 12:18Trump está aberto a Elon Musk ou cofundador da Oracle comprarem o TikTok
- 11:24Projectos de energia limpa em África... Marrocos na vanguarda da transição verde.
Siga-nos no Facebook
Chuva não conseguiu aliviar a secura do Algarve
O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente ( APA ), José Pimenta Machado, disse que o Algarve está “na pior situação de sempre” em termos de escassez de água, mesmo depois das chuvas nos primeiros meses do ano.
“É verdade que as chuvas de Janeiro e Fevereiro trouxeram alguma água às albufeiras do Algarve e isso é uma boa notícia, mas estamos pior do que estávamos no passado e estamos na pior situação de sempre na região”, disse o responsável. disse.
José Pimenta Machado falava na abertura de uma exposição dedicada ao Dia Mundial da Água, que marca também o lançamento do projecto Museu e Arquivo Nacional dos Recursos Hídricos, que será instalado numa antiga fábrica de papel no rio Caima, em Valmayor, Albagária-a-Velha (Aveiro).
Disse que apesar de o país ter atualmente, em média, 87% de albufeiras, os problemas mantêm-se no litoral alentejano e no Algarve e, no futuro, as previsões indicam que haverá menos água, alertou o vice-presidente da APA.
Ele acredita que, acima de tudo, é preciso trabalhar para uma gestão hídrica mais eficiente, sem comprometer o andamento de novas barragens.
“Não faz sentido ter uma rede em que se perde 50% ou 60% da água”, criticou, defendendo que “a primeira prioridade deve ser dada à eficiência dos sistemas”.
Só que não basta ter mais barragens se não houver água.”Temos que aumentar as reservas de água, mas hoje temos três barragens que ainda estão abaixo dos 20%, duas no Algarve e uma no Alentejo”. ele disse.
Dessalinização de água
No caso particular do Algarve, a solução para o vice-presidente da APA é a dessalinização da água do mar, que é mais uma aposta a fazer
«Vamos construir a primeira grande central de dessalinização do Algarve, em Albufeira [região de Faro], que é muito importante para a região», explicou José Pimenta Machado.
Salientou ainda que Portugal foi o primeiro país europeu a possuir uma central de dessalinização, na ilha do Porto Santo, na região da Madeira, que “funciona bem” e é “muito importante” para a ilha.
Pimenta Machado visitou a reabilitação de uma vala hidráulica em São João de Lori em Albergaria-a-Velha e a exposição “Recursos Hídricos: História, Sociedade e Conhecimento”.
O Algarve está em alerta de seca desde 5 de fevereiro, e o governo aprovou um conjunto de medidas de restrição ao consumo, nomeadamente uma redução de 15% no setor urbano, incluindo o turismo, e uma redução de 25% na agricultura.
Além destas medidas, existem outras medidas como o combate às perdas nas redes de abastecimento, a utilização de água tratada para irrigação de espaços verdes, ruas e campos de golfe ou a suspensão da concessão de títulos de utilização de recursos hídricos.
O governo já reconheceu o aumento do nível de restrições e declarou estado de emergência ou desastre ambiental, se as medidas agora implementadas forem insuficientes para resolver a escassez de água na região.
Comentários (0)