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Governo anuncia novos investimentos em aeronaves de combate a incêndios
Duas aeronaves C-130 serão equipadas para combate a incêndios em investimento de cerca de € 16 milhões, diz ministro da Defesa
O ministro da Defesa, Nuno Melo, anunciou hoje que o Estado vai adquirir dois kits de combate a incêndios florestais para equipar duas aeronaves C-130, num investimento de cerca de 16 milhões de euros.
Em declarações aos jornalistas em Lisboa, à margem da cerimónia de nomeação dos diretores das direções-gerais do seu ministério, Nuno Melo anunciou que o Conselho de Ministros vai aprovar a aquisição de dois dos “mais modernos kits de combate a incêndios florestais” para equipar os aviões C-130 da Força Aérea.
O objetivo do governo é que a aeronave esteja disponível o mais rápido possível, embora não neste ano, porque leva tempo para implementar os kits e formar novas equipes para esse tipo de missão, disse ele.
“Os kits de combate a incêndio, novamente, colocados nos C-130, transportam uma quantidade muito maior de água, suponho que até 12 toneladas, com descargas muito maiores de uma só vez ou em parcelas, em comparação com helicópteros e, além disso, serão um equipamento importante”, acrescentou.
No total, acrescentou o ministro, o país terá nove helicópteros Black Hawk disponíveis para combater os incêndios, cuja entrada em operação está prevista para o próximo ano, além de dois bombardeiros Canadair que serão entregues a Portugal em 2030.
Questionado sobre a notícia do Público, que refere que a Força Aérea Portuguesa tem 10 aeronaves (três aviões KC-390 e sete helicópteros Koala) que poderiam ser utilizadas no combate a incêndios rurais, mas não as utiliza para esse fim porque o Estado não adquiriu os ‘kits’ que permitem a adaptação adequada das aeronaves, Melo explicou que estes equipamentos estão pensados para outro tipo de funções.
“O KPC-390 não tem nada a ver com kits de combate a incêndio, embora, por exemplo, no Brasil, alguns recebam kits de combate a incêndio para cenários completamente diferentes (...) que nada têm a ver com a realidade portuguesa. Portugal tem um tamanho e uma natureza diferentes, o Brasil tem outro, e para Portugal, os C-130 são aeronaves muito mais bem preparadas”, insistiu.
Sobre os coalas, Nuno Melo afirmou que estão a ser usados nos incêndios para “transporte de pessoal, entre outras coisas” e que “nem sequer é correcto dizer que não estão a ser usados”.