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As ligações estrangeiras de Trump após a presidência levantam as sobrancelhas
WASHINGTON — Desde que deixou o cargo, o ex-Presidente Donald Trump tem mantido um nível surpreendente de envolvimento com líderes estrangeiros, ultrapassando o Presidente russo, Vladimir Putin, nas interações diplomáticas. O envolvimento contínuo de Trump nos assuntos internacionais, incluindo conversações com aliados e adversários, gerou debate sobre o seu papel pós-presidencial e as suas implicações para a política externa dos EUA.
Segundo consta, Trump falou com Putin pelo menos sete vezes desde que deixou o cargo, como revela um próximo livro do jornalista Bob Woodward. Estas conversações têm sido alvo de escrutínio, especialmente tendo em conta o historial de laços estreitos de Trump com a Rússia durante a sua presidência. Embora Trump tenha negado certos detalhes do livro, a natureza das suas interações com Putin continua a ser um ponto focal de críticas por parte dos seus adversários políticos.
Líderes estrangeiros ainda cortejam Trump
Apesar de já não ocupar o cargo, Trump recebeu várias delegações estrangeiras de alto nível nas suas residências em Manhattan e Palm Beach, Florida. Estes encontros, muitas vezes com chefes de Estado como o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, imitam o estilo das conversações bilaterais formais. Num caso, Trump recebeu o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na semana passada, enquanto as tensões entre Israel e o Irão aumentavam.
Este contacto contínuo com líderes estrangeiros permite a Trump reforçar a sua imagem de estadista capaz e influente, potencialmente pronto para regressar ao cargo. Num comício recente, Trump enfatizou a importância de manter um diálogo aberto tanto com aliados como com adversários, alegando que o seu relacionamento pessoal com líderes como Putin e o Presidente chinês Xi Jinping era uma força diplomática.
“Tive melhor desempenho com os mais difíceis”, afirmou Trump numa entrevista num podcast, sublinhando a sua crença de que as relações diretas com os líderes poderiam acalmar as tensões. Os seus críticos, no entanto, argumentam que estas interacções levantam preocupações sobre a transparência e a adesão à lei dos EUA, que proíbe os cidadãos de conduzir a política externa sem autorização do governo.
Legalidade questionável e ceticismo
O quadro jurídico dos EUA, especificamente a Lei Logan, proíbe os civis de negociações não autorizadas com governos estrangeiros. Não há qualquer indicação pública de que a diplomacia pós-presidencial de Trump tenha sido coordenada com a administração Biden, levando alguns a questionar se as suas ações estão a ultrapassar os limites legais. Isto é particularmente sensível, uma vez que as autoridades norte-americanas trabalham para gerir relações tensas com países como a Rússia.
A sugestão de Trump de que poderia ter garantido a libertação do jornalista Evan Gershkovich, que foi detido pela Rússia sob acusações de espionagem, foi também recebida com cepticismo. Os críticos argumentam que tais alegações prejudicam os esforços diplomáticos oficiais e contribuem para um precedente complicado e potencialmente perigoso.