- 12:40Embaixada de Portugal na Ucrânia temporariamente encerrada
- 12:15Trump planeia criar um cargo dedicado às criptomoedas na Casa Branca
- 11:45Gestão de crises pandémicas emergentes: Marrocos, um modelo para a soberania sanitária em África
- 11:20Magnata indiano Gautam Adani acusado de corrupção, o seu grupo cai na bolsa
- 11:00Ações de grandes empresas tecnológicas nos Estados Unidos estão a cair
- 10:30Empresas gigantes competem para ganhar contrato para concluir a linha de energia que liga Casablanca a Dakhla
- 10:04Saara: reforça o apoio do Brasil ao plano de autonomia marroquino
- 09:50Bitcoin está muito perto da marca dos 100 mil dólares pela primeira vez na história
- 09:20Neuralink de Elon Musk autorizado para iniciar teste de chip cerebral no Canadá
Siga-nos no Facebook
Rabat acolhe o retiro anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU
A capital marroquina, Rabat, deverá tornar-se o centro das discussões internacionais sobre direitos humanos de 21 a 22 de novembro de 2024. A cidade acolherá o retiro anual do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH), uma conferência que reunirá funcionários de alto nível, incluindo o Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Turk.
Organizado na prestigiada sala Balafrej do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Africana e Expatriados Marroquinos, este encontro marca um momento chave na reflexão sobre o futuro e no reforço do papel do CDH. O objetivo deste retiro: racionalizar as iniciativas do Conselho para melhorar a sua eficácia e impacto num contexto global cada vez mais complexo.
Três workshops para repensar o papel do CDH
No programa destes dois dias de debate serão realizados três workshops temáticos, cada um centrado em questões cruciais para a defesa dos direitos humanos à escala global. O primeiro workshop analisará uma avaliação das realizações do CDH desde a sua criação, identificando ao mesmo tempo os principais desafios que o organismo deve enfrentar para cumprir a sua missão de proteger e promover os direitos humanos.
O segundo workshop abordará propostas concretas destinadas a melhorar a eficácia do Conselho, um tema ainda mais premente à medida que se multiplicam as crises globais e as violações dos direitos fundamentais. Por último, um terceiro workshop será dedicado ao reforço das relações entre o CDH e o sistema das Nações Unidas, em particular com a sede da ONU em Nova Iorque, a fim de promover uma cooperação reforçada e uma melhor coordenação de esforços.
Marrocos, um ator fundamental na defesa dos direitos humanos
Desde 10 de janeiro de 2024, Marrocos exerce a presidência rotativa do Conselho dos Direitos Humanos durante um ano. Este papel estratégico reflecte o constante empenho do Reino na promoção dos direitos humanos na cena internacional. Esta reunião em Rabat constitui, por isso, uma oportunidade única para lançar as bases para a reforma institucional do CDH e para promover uma cooperação internacional mais eficaz face aos desafios globais.
O CDH: um pilar para os direitos humanos globais
Criado em 2006 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o CDH substitui a Comissão dos Direitos Humanos, criticada pela sua ineficácia. O principal objectivo do Conselho é garantir uma maior protecção e promoção dos direitos humanos a nível internacional, actuando preventivamente e estabelecendo mecanismos de monitorização. Com os seus 47 Estados-membros eleitos para mandatos de três anos, o CDH é um fórum multilateral vital onde os países discutem as principais preocupações globais em matéria de direitos humanos.
Os temas abordados pelo CDH são vastos e incluem questões tão diversas como a discriminação racial, a violência sexual, os direitos das minorias e dos povos indígenas. Graças à diversidade dos seus membros, o Conselho pode participar em discussões construtivas sobre uma vasta gama de desafios globais, a fim de promover soluções e recomendações concretas destinadas a melhorar a dignidade e as condições de vida das populações mais vulneráveis.
Um momento decisivo para os direitos humanos globais
A saída do CDH em Rabat ocorre num momento crucial para os direitos humanos, numa altura em que o mundo enfrenta múltiplas crises. Esta reunião não só reflectirá sobre os sucessos passados, como também moldará o futuro de uma instituição fundamental na luta pela dignidade humana e pela justiça internacional. Com a presidência marroquina, este fórum promete ser um catalisador para uma acção mais forte e mais coordenada na protecção dos direitos humanos à escala global.