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Tensões nucleares: Paquistão alerta para ataque iminente da Índia

Tensões nucleares: Paquistão alerta para ataque iminente da Índia
Quarta-feira 30 Abril 2025 - 16:16
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O Governo do Paquistão alertou na segunda-feira que um ataque militar indiano poderá ocorrer nas próximas 24 a 36 horas, uma vez que as tensões entre os rivais com armas nucleares atingiram o seu nível mais volátil em anos.

O ministro da Informação, Attaullah Tarar, disse que Islamabad recebeu "informações credíveis" sobre uma operação indiana iminente, após um ataque mortal na Caxemira administrada pela Índia, que fez 26 mortos. A Índia atribuiu o ataque a militantes sediados no Paquistão, uma alegação que Islamabad nega.

O alerta surge no meio de uma onda de escaladas militares e diplomáticas. Na semana passada, a Índia suspendeu o Tratado das Águas do Indo de 1960 — um acordo de longa data que sobreviveu a três guerras entre as duas nações. Em resposta, o Paquistão fechou o seu espaço aéreo às aeronaves indianas. Foi também relatada uma troca de tiros transfronteiriça ao longo da disputada Linha de Controlo na Caxemira.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, enfrentando uma crescente pressão interna, concedeu aos seus militares “total liberdade operacional” para responder ao ataque em Pahalgam. Prometeu “rastrear e punir” tanto os perpetradores como os seus supostos apoiantes.

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, descreveu a ameaça de uma incursão indiana como "iminente" e disse que Islamabad estava aberta a uma investigação internacional independente por uma comissão neutra para determinar a responsabilidade pelo ataque a Pahalgam.

“A Índia não pode assumir os papéis de juiz, júri e executor”, acrescentou Tarar. “Se isto piorar, a responsabilidade recairá diretamente sobre Nova Deli.”

A escalada gerou alarme na comunidade internacional, aumentando os receios de um confronto militar mais amplo — e potencialmente de uma crise nuclear. O Paquistão não descartou o uso de armas nucleares caso perceba uma ameaça existencial.

Os esforços para apaziguar a crise estão em curso. Arábia Saudita e Irão ofereceram-se para mediar. O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou separadamente com os líderes de ambos os países, pedindo moderação. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, deverá manter conversações de emergência com os ministros dos Negócios Estrangeiros da Índia e do Paquistão.

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