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Presidente Marcelo escapa de censura em investigação parlamentar
A controvérsia agora está nas mãos das autoridades judiciais
O presidente Marcelo escapou da censura da comissão parlamentar de inquérito criada para investigar 'quem/o quê/como' da controvérsia sobre o tratamento gratuito de bebês gêmeos, que vivem no Brasil, pelo sistema público de saúde português, com 'o medicamento mais caro do mundo'.
Esse ninho de víboras de alegações e insinuações foi trazido à tona publicamente por uma reportagem televisiva em novembro de 2023, que apontou o dedo fortemente para o presidente, como sendo o principal "manipulador de cordelinhos" para garantir o tratamento gratuito dos bebês.
Mas ontem, a comissão solicitada pelo partido de direita CHEGA – que já mostrou exatamente o que pensa da situação – contornou todos os buracos, concordando que sim, houve uma “intervenção especial da Casa Civil da Presidência da República”, mas que não foi encontrada nenhuma ilegalidade.
Nas palavras do tabloide popular Correio da Manhã, a comissão “inocentou Marcelo e apontou o dedo para Lacerda” (o ex-secretário de Estado da Saúde, que já disse que se recusa a ser usado como bode expiatório ).
Ambos os principais partidos pressionaram por mudanças no relatório "original" proposto pela relatora do CHEGA, que ontem renunciou à sua posição (pois ela havia sido totalmente minada), deixando o relator final para o deputado do PSD António Rodrigues.
Esta comissão de inquérito sempre foi um campo minado (pois corroía o mais alto cargo político do país). Os críticos frequentemente diziam que ela estava sendo manipulada, para parecer ter força de lei (o que os inquéritos parlamentares não têm).
Agora, o assunto continua com o gabinete do Procurador-Geral, e pode ser que não tenhamos notícias dele por algum tempo... se é que teremos notícias.
Mas o que precisa ser lembrado (ou talvez esteja sendo propositalmente ignorado) é que um juiz de instrução criminal já considerou que o presidente Marcelo 'não se comportou de forma neutra neste processo' e deve ser investigado.
O entendimento e as considerações da juíza Gabriela Assunção não foram, contudo, amparados pelo conselheiro Celso Manata, do Superior Tribunal de Justiça, que ressaltou que cabe ao Ministério Público “iniciar a ação penal e promover as diligências pertinentes” (ou não).