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Protestos em massa em Marrocos contra a guerra de Gaza e o apoio dos EUA a Israel
Dezenas de milhares de marroquinos saíram à rua em protesto contra as intensas ações militares de Israel em Gaza, bem como o apoio dos EUA ao conflito prolongado. Uma das maiores manifestações dos últimos meses ocorreu na capital, Rabat, onde os manifestantes pisotearam bandeiras israelitas e seguraram faixas de líderes assassinados do Hamas, além de exibirem cartazes a ligar os palestinianos deslocados ao presidente norte-americano, Donald Trump.
Os organizadores criticaram a campanha militar de Israel, que resultou em mais de mil mortes de palestinianos e na deslocação de centenas de milhares desde que o cessar-fogo foi quebrado no mês passado com severos ataques aéreos e terrestres. Desde o início do conflito, mais de 50.700 palestinianos morreram e mais de 115.000 ficaram feridos.
Os protestos em Marrocos fizeram eco de manifestações semelhantes no Médio Oriente e no Norte de África, com manifestações na Tunísia, Iémen e Casablanca. Uma grande fonte de raiva foi dirigida aos EUA, especialmente após a proposta de Trump de realocar palestinianos para reconstruir Gaza — um plano condenado pelas nações árabes e organizações de direitos humanos como limpeza étnica. Os manifestantes criticaram também a repressão dos EUA ao ativismo pró-palestiniano nas universidades.
Muitos marroquinos acreditam que as políticas de Trump representam uma continuação da posição do ex-presidente Biden. “Trump piorou a guerra”, disse Mohammed Toussi, que veio de Casablanca para se juntar aos protestos. “Biden escondeu algumas coisas, mas Trump mostrou tudo”, acrescentou, referindo que, embora a sua retórica fosse diferente, as políticas subjacentes permaneceram inalteradas.
A indignação pública em Marrocos só se intensificou à medida que a guerra prosseguia, com muitos a denunciar a devastação de Gaza. Abdelhak El Arabi, um conselheiro do antigo primeiro-ministro conservador, comentou: “Não é uma guerra — Gaza está a ser varrida do mapa.”
Uma grande variedade de grupos participou nos protestos. Embora as autoridades marroquinas tolerem geralmente tais manifestações, prenderam activistas acusados de atacar embaixadas estrangeiras ou de criticar a monarquia. Muitos manifestantes também expressaram o seu contínuo ressentimento relativamente à decisão de Marrocos em 2020 de normalizar as relações com Israel — uma medida que gerou uma controvérsia significativa e continua a alimentar a insatisfação entre a população.
A assinatura dos Acordos de Abraão por Marrocos em 2020, mediada pela administração Trump, levou à normalização das relações com Israel, juntamente com os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Sudão, em troca de acordos diplomáticos e financeiros. No entanto, o sentimento público em Marrocos, bem como em muitas outras nações árabes, continua a ser, em grande parte, pouco favorável a Israel.
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