- 14:14Portugal junta-se aos esforços europeus para atrair investigadores norte-americanos que fogem do regime Trump
- 12:15O Algarve abriga a maioria das praias com Bandeira Azul.
- 19:50A organização conjunta do Campeonato do Mundo de 2030 estabelece uma nova visão para a cooperação internacional.
- 11:11Promover o turismo de compras tax-free no Algarve
- 11:45Mais de 100 médicos angolanos iniciam formação em Portugal.
- 14:02Portugal hasteia mais de 400 bandeiras azuis
- 17:15Marrocos acolhe o Campeonato do Mundo de 2030: uma oportunidade promissora para a mudança económica
- 15:21Energia. Portugal às escuras expõe elevada dependência face a Espanha
- 11:30Número de casamentos em declínio em Portugal
Siga-nos no Facebook
60 Medidas para dar impulso a economia portuguesa
O Governo aprovou um pacote de 60 medidas na quinta-feira, 4 de julho, para acelerar a economia. O plano, que visa aumentar a competitividade das empresas portuguesas e das que têm sede no país, inclui a redução do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) para até 15% e a criação de grupos de IVA.
O "Programa Acelerar a Economia" é desenhado para impulsionar o crescimento económico em Portugal, tornando-o um país mais próspero e justo. Uma medida-chave é a redução gradual da taxa de IRC em 2 pontos percentuais anualmente, visando uma taxa de 15% até ao final da legislatura em 2027. Para pequenas e médias empresas (PMEs) e empresas de pequena e média capitalização, a taxa de IRC será reduzida para 12,5% ao longo de três anos, aplicada aos primeiros 50 mil euros de lucro.
A partir de janeiro de 2025, o governo planeia introduzir grupos de IVA para melhorar o fluxo de caixa das empresas, simplificando o processo de reembolso de IVA e reduzindo a burocracia. Além disso, a elegibilidade para o regime de IVA de caixa será ampliada para incluir empresas com volumes de negócios anuais de até 2 milhões de euros, em vez do limite atual de 500 mil euros.
Outra medida significativa é a expansão do regime de "participation exemption". Isto permitirá que dividendos e mais-valias recebidos por empresas residentes sejam isentos de tributação, desde que detenham pelo menos 5% do capital social ou direitos de voto da entidade distribuidora dos lucros por mais de um ano. Atualmente, o limite é de 10%.
O plano também inclui a extensão da isenção de imposto de selo às operações de gestão centralizada de tesouraria e o aumento da dedutibilidade dos gastos de financiamento incorridos em operações de concentração. Estas medidas fazem parte de uma estratégia mais ampla para fomentar o crescimento económico e estão sujeitas à aprovação parlamentar.
Uma iniciativa notável é o programa "Estado a Pagar em 30 Dias", que visa reduzir o tempo de pagamento das entidades públicas aos fornecedores para 30 dias. Isto envolverá a criação de um sistema de conta-corrente entre a Autoridade Tributária e as empresas, que será posteriormente expandido para toda a administração central.
O pacote também inclui a revisão do Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE II) para maximizar o impacto económico do capital já alocado, mas ainda não investido. A revisão permitirá que até 20% dos fundos SIFIDE sejam investidos em projetos inovadores de produção certificados e financiados na fase de I&D por fundos SIFIDE ou outros programas nacionais e europeus de I&D. Propõe-se ainda a redução da exigência de despesa em I&D das empresas investidas de 7,5% para 5% do volume de negócios do ano anterior e a extensão do período de investimento de 3 para 5 anos.
A atração de talento qualificado é outro foco do plano. Inclui medidas como a regulamentação do IFICI1+, oferecendo uma taxa de imposto de 20% sobre rendimentos do trabalho para incentivar a investigação científica, inovação e capital humano. Isto visa abranger um leque mais amplo de profissões qualificadas e empresas, potenciando o crescimento das empresas portuguesas e a captação de talentos.
O governo também planeia reativar a Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar (CIAM) para coordenar políticas entre diferentes áreas de governação. Isto inclui atualizar a CIAM para incluir um fórum consultivo com representantes de vários setores, permitindo uma melhor definição de iniciativas e medidas governativas.
Além disso, o governo pretende atualizar a Conta Satélite do Mar, uma ferramenta estatística macroeconómica inserida nas Contas Nacionais publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística. Esta ferramenta avalia o peso da economia do mar na economia nacional, especialmente o seu impacto no PIB e no valor acrescentado gerado. O objetivo é melhorar a compilação de informações e incluir os serviços dos ecossistemas marinhos.
O pacote também inclui a aprovação do Plano Nacional para o Lixo Marinho, destinado a reduzir a descarga de resíduos no mar, e o lançamento de campanhas oceânicas para definir 30% de Áreas Marinhas Protegidas até 2030. Adicionalmente, há um plano para mitigar os impactos da acidificação dos oceanos no ambiente marinho, conforme o compromisso de Portugal com a Aliança Internacional de Combate à Acidificação do Oceano.
O turismo também recebe atenção, com medidas como a revisão e reforço das linhas de apoio, criação de programas para apoiar projetos turísticos com impacto nas comunidades locais, e o lançamento das Obrigações Turismo 2024 para diversificar as fontes de financiamento das empresas do setor, que tem contribuído significativamente para o crescimento económico do país.
Estas medidas abrangentes visam fomentar o crescimento económico, garantir sustentabilidade e atrair talentos, com o objetivo de tornar Portugal um país mais competitivo e próspero nos próximos anos.
Comentários (0)