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Portugal Enfrenta Declínio Demográfico e Envelhecimento Acelerado
Portugal vai enfrentar um acentuado declínio demográfico e um envelhecimento acelerado da sua população até 2100, de acordo com as projecções do Instituto Nacional de Estatística (INE). A população do país diminuirá dos actuais 10,7 milhões para 8,3 milhões, com uma queda acentuada no número de jovens e um aumento notável no número de idosos.
O número de crianças e adolescentes com menos de 15 anos descerá de 1,4 milhões para menos de um milhão, enquanto a população idosa aumentará de 2,6 milhões para 3,1 milhões. Num cenário alternativo, que tenha em conta o aumento da esperança de vida, o número de idosos poderá atingir os 4,2 milhões.
O índice de envelhecimento, que compara a população com 65 ou mais anos com a população com menos de 15 anos, passará dos actuais 192 para 316 idosos por cada 100 jovens em 2100.
Por detrás destes números nacionais escondem-se realidades regionais contrastantes. Os Açores, atualmente a região com menor envelhecimento do país, vão tornar-se a terceira mais velha, com 405 idosos por cada 100 jovens. A região Norte, que conta atualmente com 205 idosos por cada 100 jovens, atingirá os 475 em 2100, sendo a mais velha. Na Madeira, o rácio passará de 179 para 442, enquanto o Algarve será a região menos afetada por este fenómeno.
Apesar das hipóteses favoráveis em relação à migração e à fecundidade, estas dinâmicas não são suficientes para travar o envelhecimento. Segundo o INE, esta tendência manter-se-á até 2060, antes de estabilizar. A proporção de idosos na população activa deverá quase duplicar, passando dos actuais 39% para 73% em 2100, o que representa um grande desafio em termos de dependência e sustentabilidade dos sistemas sociais.