-
16:22
-
15:39
-
15:10
-
14:20
-
13:52
-
13:00
-
12:32
-
12:00
-
11:28
-
11:15
-
10:52
-
10:30
-
10:27
-
09:45
-
09:20
-
09:00
-
08:15
Siga-nos no Facebook
Trump fecha agência americana de financiamento de infraestruturas em África
A administração do presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu encerrar a Millennium Challenge Corporation (MCC), a agência governamental encarregada de financiar projectos de infra-estruturas nos países em desenvolvimento, particularmente em África. Esta decisão marca um recuo estratégico de Washington em relação a uma área-chave de competição com a China.
Um alto funcionário da MCC anunciou a notícia aos funcionários durante uma reunião interna na quarta-feira, especificando que o encerramento entraria em vigor imediatamente. Isto significa a interrupção abrupta de vários projectos em curso, incluindo importantes programas de construção de estradas e de modernização da rede eléctrica.
Criada em 2004 pelo ex-presidente George W. Bush, a MCC tinha como objetivo apoiar os países que aderem aos padrões de democracia, governação e economias de mercado liberais. Desde a sua criação, a agência investiu quase 17 mil milhões de dólares em iniciativas de desenvolvimento, a maioria em África, e há muito que conta com o apoio bipartidário no Congresso dos EUA.
A decisão foi tomada pouco depois da divulgação de um memorando interno que detalha cortes orçamentais e de pessoal significativos impostos pelo Gabinete de Eficiência Governamental (DOGE), chefiado informalmente por Elon Musk.
O encerramento da MCC significa o abandono de projectos de grande dimensão, como um programa de 500 milhões de dólares na Zâmbia para desenvolver infra-estruturas rodoviárias, agrícolas e energéticas. Esta retirada pode reforçar a crescente influência da China em África, que é já o maior parceiro comercial do continente. O volume de comércio China-África atingiu os 167,8 mil milhões de dólares no primeiro semestre de 2024, segundo os meios de comunicação social estatais chineses.
Com este encerramento, os Estados Unidos estão a ceder terreno significativo na rivalidade global pela influência económica e política em África, numa altura em que a China procura activamente a sua expansão através de grandes investimentos em infra-estruturas.