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Trump aposta na Iniciativa de Paz para Gaza durante encontro com Netanyahu
O presidente norte-americano, Donald Trump, prepara-se para receber o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, na segunda-feira. No centro desta quarta visita do líder israelita a Washington desde que Trump tomou posse, em Janeiro, está uma iniciativa de paz para Gaza, que o governo norte-americano tenta promover num clima diplomático cada vez mais tenso.
Enquanto Israel enfrenta um crescente isolamento internacional, a iniciativa americana surge poucos dias depois de vários países ocidentais importantes — incluindo o Reino Unido, a França, o Canadá e a Austrália — terem reconhecido o Estado da Palestina. Uma decisão considerada "vergonhosa" por Netanyahu, mas apresentada por estas nações como essencial para preservar a perspectiva de uma solução de dois Estados e pôr fim à guerra.
Trump, que denunciou estes reconhecimentos como uma "recompensa para o Hamas", espera, no entanto, convencer o seu aliado israelita a aceitar uma estrutura que leve ao fim do conflito e à libertação dos reféns ainda detidos em Gaza. "Estamos a receber uma resposta muito positiva, porque Bibi (Netanyahu) também quer fechar o acordo. Todos querem fechar o acordo", disse o presidente norte-americano à Reuters.
A ambição de Trump, no entanto, vai além da questão de Gaza. O ocupante da Casa Branca quer incluir esta iniciativa num projeto de "paz no Médio Oriente", envolvendo parceiros-chave como a Arábia Saudita, o Qatar, os Emirados Árabes Unidos, a Jordânia e o Egito.
Um plano de paz de 21 pontos, distribuído em paralelo com a Assembleia Geral da ONU, inclui a libertação dos reféns, a devolução dos seus restos mortais, a cessação dos ataques israelitas ao Qatar e o retomar do diálogo entre israelitas e palestinianos com vista à "coexistência pacífica".
Mas a incerteza mantém-se. "É muito cedo para saber" se um acordo aceitável é possível, disse uma alta autoridade israelita, acrescentando que Netanyahu apresentará a resposta da sua administração durante o seu encontro com Trump.
A pressão interna sobre o Primeiro-Ministro israelita, proveniente da opinião pública e das famílias dos reféns, está a crescer, uma vez que a guerra, que começou há quase dois anos, deixou cicatrizes profundas na sociedade israelita.
As tentativas anteriores de cessar-fogo apoiadas por Washington falharam, com Israel a recusar cessar as hostilidades até que o Hamas seja "completamente eliminado". Resta saber se a nova ofensiva diplomática dos EUA conseguirá quebrar o actual impasse.