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O apoio sul-africano à iniciativa marroquina de autonomia está a crescer
A iniciativa marroquina de autonomia para o Saara está a ganhar visibilidade e apoio no panorama africano, particularmente na África do Sul, um país há muito percebido como próximo das teorias separatistas. Numa conferência de imprensa em Joanesburgo, Mandlakayise John Hlobi, vice-presidente do partido Lança da Nação Sul-Africana (Ramoh Ea Sechaba), manifestou um apoio claro e fundamentado à posição de Marrocos.
Respondendo às críticas de Floyd Shivambu, líder do partido Combatentes pela Liberdade Económica (EFF), Hlobi sublinhou que a posição do seu partido faz parte de uma interpretação histórica lúcida, baseada nos princípios da soberania, da unidade africana e da memória colectiva. "Marrocos é um país africano; não pode ser tratado como um intruso na sua própria região", afirmou com firmeza.
Estabeleceu ainda um paralelo entre o conflito do Saara e o trauma do apartheid na África do Sul: "Sabemos o que significa ter parte do nosso território retirado, ser privado de soberania e sofrer uma tentativa de apagamento de identidade", declarou.
Esta postura surge num contexto político tenso, marcado pela recente visita a Marrocos do antigo Presidente sul-africano Jacob Zuma, também líder do partido Lança da Nação, e pela sua declaração a favor da proposta de autonomia de Marrocos. Esta visita desencadeou um aceso debate nos círculos políticos sul-africanos, revelando falhas na política externa do país em relação à questão do Saara.
Este acontecimento marca uma reviravolta significativa na percepção africana da proposta marroquina, apresentada desde 2007 na ONU como uma solução realista, pragmática e duradoura para uma disputa regional de décadas.