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Montenegro exige mais coordenação entre Sarmento, Amaro e Soares
A polémica em torno da descida do IRS serviu de lição para corrigir erros de coordenação, mas o Governo espera tirar vantagem das baixas expetativas criadas. Até ao fim do ano, o IRS vai mesmo descer mais e calar as críticas.
Os primeiros dias de governação mostraram o elo mais fraco: é urgente munir o Ministério das Finanças de know how político. A polémica em torno da descida do IRS e a escolha de uma assessora com problemas com a Justiça, que teve que abdicar do lugar mesmo antes de assumir funções, mostraram que o Ministério de Joaquim Miranda Sarmento tem que ser acompanhado com especial cuidado pelo núcleo duro do Governo.
Fonte governamental disse ao Nascer do SOL que o episódio em torno da descida do IRS «não foi bom» e que daqui para a frente é preciso prevenir para que não se repita. O alerta intensificou-se quando, no espaço de poucos dias, do mesmo Ministério surgiram novos problemas, «é sintomático». Como primeiro embate não foi brilhante, mas dentro do Governo fizeram questão de recordar que também os primeiros tempos de Mário Centeno à frente das Finanças não foram brilhantes e o ministro esteve mesmo para cair na sequência da polémica contratação de António Domingues para a liderança da Caixa Geral de Depósitos. O caso, na altura, levou o então ministro das Finanças a ter que responder no Parlamento e as dúvidas sobre a veracidade das suas declarações quase levaram o Presidente da República a exigir a sua demissão. «O caso passou e o ministro ganhou experiência e tornou-se mesmo um dos maiores ativos políticos do PS». A lembrança serve para vincar que estes episódios passam e o importante é prevenir que casos semelhantes não venham a acontecer, até porque a confiança técnica em Miranda Sarmento mantém-se intacta.
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