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Massad Boulos: "O Saara é marroquino, e os Estados Unidos reafirmam isso"
Numa declaração reafirmando a posição americana sobre a questão do Saara marroquino, Massad Boulos, conselheiro de Donald Trump para África e Médio Oriente, confirmou a intenção do governo republicano de abrir um consulado americano nas províncias do sul de Marrocos caso Trump seja reeleito para a Casa Branca.
O anúncio foi feito durante uma entrevista transmitida a 16 de outubro de 2025, no canal saudita Acharq News, onde o conselheiro esclareceu: "Trata-se do Saara marroquino, não do Saara Ocidental", afirmando assim de forma inequívoca a continuidade do reconhecimento americano da soberania de Marrocos sobre o Saara, decidido em dezembro de 2020 por Donald Trump.
Massad Boulos elogiou as posições históricas de Sua Majestade, o Rei Mohammed VI, que descreveu como "visionárias e corajosas", particularmente a favor do diálogo pacífico entre Marrocos e a Argélia. Destacou ainda a importância do último discurso real, que descreveu como "histórico" pelo seu apelo a uma solução duradoura e aceitável para todas as partes.
Segundo ele, Donald Trump sempre apoiou uma abordagem pragmática baseada na estabilidade regional, na cooperação económica e no reconhecimento do papel central de Marrocos na luta contra o terrorismo e na promoção do desenvolvimento em África.
Questionado sobre as próximas discussões do Conselho de Segurança das Nações Unidas a propósito da MINURSO, a missão da ONU no Saara, o conselheiro norte-americano manifestou um otimismo cauteloso. Indicou que Washington contava com a sabedoria e a nobreza do Rei Mohammed VI para consolidar o processo político conduzido sob os auspícios das Nações Unidas.
"Chegou o momento de considerar uma solução definitiva para este diferendo regional. Acreditamos que a proposta de autonomia de Marrocos constitui a única base realista e duradoura", afirmou Boulos, apelando ao "envolvimento construtivo" de todas as partes interessadas.
O conselheiro revelou ainda que se reuniu recentemente com o Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, sublinhando que as autoridades argelinas são favoráveis à melhoria das relações com Marrocos. Enfatizou a necessidade de virar a página de décadas de tensão, acrescentando:
"Marrocos e Argélia continuam a ser nações irmãs, unidas pela história, cultura e geografia. É tempo de nos reconectarmos com o espírito de fraternidade do Magrebe."
Por fim, Massad Boulos agradeceu aos aliados europeus dos Estados Unidos, incluindo a França, o Reino Unido, a Espanha e a União Europeia, pelo seu apoio contínuo a uma solução política sob os auspícios das Nações Unidas.
"Estamos mais otimistas do que nunca quanto a um resultado positivo e duradouro. Após cinquenta anos de impasse, chegou o momento de agir com coragem e visão", concluiu o conselheiro, reiterando que Marrocos continua a ser um parceiro estratégico essencial para os Estados Unidos no continente africano.