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Marrocos surge como facilitador da Rússia em meio a sanções ocidentais
Em meio ao endurecimento das sanções ocidentais em resposta às ações militares da Rússia na Ucrânia, o país buscou caminhos alternativos para sustentar suas atividades econômicas, particularmente em exportações de petróleo e importações de tecnologia. Neste ambiente desafiador, um aliado inesperado surgiu na forma do Marrocos, desempenhando um papel fundamental em ajudar a Rússia a navegar pelas rigorosas restrições impostas pelas nações ocidentais.
De acordo com um relatório recente da Bloomberg, os comerciantes de petróleo russos mudaram suas operações de transferência de navio para navio para petróleo bruto dos Urais para a costa do Mediterrâneo perto da cidade marroquina de Nador. Este movimento estratégico vem em resposta às medidas de dissuasão da marinha grega e à crescente relutância dos estados europeus em permitir tal troca de carga perto de suas costas.
O relatório elabora sobre as instâncias iniciais dessas transferências ocorrendo em águas marroquinas, onde o Very Large Crude Carrier (VLCC) Rolin recebeu petróleo bruto dos Urais de petroleiros menores da classe Aframax como o Serendi, Ocean AMZ e Sea Fidelity. Essas embarcações menores carregaram coletivamente aproximadamente 730.000 barris de Urais do porto marítimo báltico russo de Primorsk no mês passado.
Locais anteriormente populares para tais operações, como o enclave espanhol de Ceuta e o golfo Laconiano na Grécia, experimentaram um declínio notável nas transferências de navio para navio russas devido à pressão das autoridades locais e da União Europeia. A Organização Marítima Internacional condenou a troca de carga em oceanos abertos como uma "prática perigosa", complicando ainda mais os esforços da Rússia.
No entanto, o papel do Marrocos se estende além de facilitar as exportações de petróleo russo. De acordo com uma reportagem de dezembro de 2023 do The New York Times, a nação do norte da África também se tornou um centro de transbordos de tecnologia restrita para a Rússia. A investigação do Times, com base em e-mails vazados do governo russo, documentos comerciais e registros de conversas online entre engenheiros russos, revelou uma rede complexa de soluções alternativas empregadas por autoridades e empresas russas para adquirir a tecnologia crítica necessária para sustentar sua economia e campanha militar na Ucrânia.
Uma dessas soluções alternativas envolve explorar o porto de contêineres Tangier Med, perto de Tânger, como um ponto de transbordo para mercadorias de centros globais de fabricação de tecnologia. Essas mercadorias são então transferidas para outros navios com destino à Rússia, ocultando efetivamente seu destino final e contornando restrições comerciais.
O relatório também destaca a utilização de sites obscuros de comércio eletrônico russos como o Nag, que adquiriram equipamentos americanos por meio de uma rede de fornecedores na China. Isso permitiu que empresas como a Convex, uma empresa de telecomunicações russa, adquirissem o equipamento necessário para transmitir dados ao serviço de inteligência do país, o F.S.B., enfatizando ainda mais os desafios na aplicação de restrições comerciais.
Elina Ribakova, economista do Peterson Institute for International Economics, enfatizou a dificuldade em interromper o movimento global de tecnologia comercial, comparando-o a um "jogo Whac-a-Mole sem fim". Esse sentimento ressalta a complexidade da situação e a desenvoltura das entidades russas em navegar na intrincada rede de sanções.
À medida que o cenário geopolítico continua a evoluir, o surgimento do Marrocos como um facilitador para os esforços econômicos da Rússia levanta questões significativas sobre a eficácia das restrições comerciais ocidentais e a capacidade das potências globais de regular o fluxo de recursos críticos em um mundo cada vez mais interconectado.