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Lula e Trump iniciam aproximação histórica entre Brasil e Estados Unidos
O presidente brasileiro mostrou-se satisfeito com o seu encontro bilateral com Donald Trump no domingo, durante uma cimeira na Malásia. Os dois países deverão chegar a um acordo após um impasse político e comercial.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse na segunda-feira que prevê um acordo comercial entre o Brasil e os Estados Unidos nos próximos dias, o que poderá aliviar as tarifas impostas por Donald Trump no meio das tensões bilaterais. "Estou convencido de que, dentro de alguns dias, encontraremos uma solução definitiva entre os Estados Unidos e o Brasil, para que a vida continue bela e alegre", disse Lula aos jornalistas em Kuala Lumpur.
O presidente brasileiro encontrou-se com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, no domingo, à margem da cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), na capital malaia. "Mesmo sem ter feito qualquer promessa, garantiu-me que chegaremos a um acordo", frisou Lula na segunda-feira. "A reunião que tive com o presidente Trump correu surpreendentemente bem. Se dependesse dele e de mim, chegaríamos a um acordo", afirmou.
"Um relacionamento muito bom"
Donald Trump tinha-se envolvido num impasse político e comercial com o seu homólogo brasileiro. Impôs tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros e impôs sanções económicas ao magistrado Alexandre de Moraes e à sua mulher. O presidente norte-americano acusou-o de orquestrar "uma caça às bruxas" devido à condenação, no Brasil, do ex-presidente Jair Bolsonaro, amigo pessoal de Donald Trump, a 27 anos de prisão por tentativa de golpe.
Após um longo período de tensão, as relações entre Donald Trump e Lula começaram a acalmar quando os líderes se encontraram brevemente à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. Questionado no domingo se a questão de Jair Bolsonaro tinha sido levantada durante as discussões com o seu homólogo brasileiro, o titular da Casa Branca respondeu: "Isso não é da sua conta."
"Devemos conseguir encontrar bons acordos para ambos os países", garantiu Donald Trump ao seu homólogo. "Acredito que acabaremos por ter um relacionamento muito bom", disse. Os dois presidentes são conhecidos por estarem em extremos opostos em questões como o multilateralismo, o comércio internacional e o combate às alterações climáticas.